O osso que forneceu o colágeno utilizado na investigação
Quando o Jurassic Park foi escrito, não creio que nenhum cientista tenha pensado seriamente que o material genético dos dinossauros algum dia iria ser recuperado. No entanto, isso é exactamente o que foi relatado na Science há poucos dias. As sequências genéticas são provenientes da proteína colágeno recuperada do osso fossilizado da perna de um T. rex. A descoberta de tecidos moles de dinossauro por parte dos principais autores havia já sido publicada há algum tempo, e este novo estudo é a última etapa de uma viagem de exploração notável. Se estiverem preservadas sequências de aminoácidos em outros ossos fossilizados, então muitos novos caminhos para a investigação se abrirão.
O estudo teria sido memorável se aquele fosse o único argumento apresentado pelos autores. No entanto, os autores queriam mostrar que os seus dados podiam ser úteis para a filogenia molecular. Eles utilizaram 21 organismos actuais/vivos e dados de sequências de proteínas de um mastodonte da Idade do Gelo. Eles usaram quatro métodos para reconstruir uma árvore evolucionária. Conforme relata a revista New Scientist:"Para construir a árvore genealógica, Asara e o colega Chris Organ compararam a sequência do T. rex com o colágeno de outros animais. Os que tinham sequências de colágeno similares foram agrupados próximos uns dos outros na árvore, enquanto que diferenças nas sequências sugeriu que os animais há muito tinham divergido. Para a maior parte, a árvore do colágeno registou relacões que os paleontólogos e biólogos evolucionistas tinham poucas razões para duvidar, incluindo o parentesco do T. rex com as aves e os ancestrais dos Mastodontes com os elefantes."
A relação entre os dinossauros e as aves captou o interesse dos meios de comunicação. "T. rex confirmado como bi-bisavô de todas as aves" diz a New Scientist. O Daily Mail tinha a manchete: "Tyrannosaurus rex aterrorizador tinha ligações estreitas com a humilde galinha". Um dos mais engenhosos foi o Washington Post: "T. Rex Mais Perto das Moelas do que dos Lagartos". No entanto, a New Scientist, em particular, superou-se com o seu retrato das descobertas. A palavra "confirmado" é um exagero grosseiro (ver abaixo) e a palavra "bisavô" está simplesmente errada, as aves foram contemporâneas dos T.rex.
O que poucos perceberam foi que a maior parte da sequência do T. rex está em falta. Na sua informação complementar, os autores documentam os seus dados para o colágeno do dinossauro. Parece-se com isto (onde os traços representam falta de dados):
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Uma vez que a filogenia molecular é algo controversa mesmo com dados completos, afigura-se completamente desproporcionado alegar resultados "confirmados" nesta fase da investigação. Além disso, foram obtidos resultados surpreendentes para o anole verde (Anolis carolinensis, um lagarto). Esperava-se que ele fosse agrupado com jacarés como taxon irmão. No entanto, a filogenia coloca-o na base dos Amniotas. Isto coloca-o tão próximo dos mamíferos como dos jacarés. "Tais erros são comuns quando se trabalha com sequências limitadas, diz Asara." Mas, se os dados que relacionam o T. rex e as aves são aceites, porque não aceitar os dados do Anolis-mamífero? Há aqui indicações de que os investigadores estão a deixar que "relações geralmente aceites" orientem a sua análise. Ainda mais preocupante, eles sugerem que a filogenia que emerge do seu estudo valida a autenticidade do colágeno extraído dos ossos fósseis. Isto é perigosamente próximo de um argumento circular."Estes resultados suportam a origem endógena das moléculas de colágeno preservadas e confirmam a previsão baseada na morfologia de que, se as biomoléculas pudessem ser recuperadas a partir de um dinossauro 'não-aviário', eles iriam partilhar um maior grau de semelhança com aves do que com outros vertebrados actuais/vivos."
Alguns olharam para esta análise e consideraram-na demasiado especulativa. Por exemplo, o Washington Post relata assim:Pavel Pevzner, director do Centro de Algoritmos e Biologia de Sistemas na Universidade da Califórnia em San Diego, disse que sua própria investigação, que em breve será publicada, refuta o trabalho de Asara. Ele disse que não pode descrever pormenores até que sejam publicados, mas ele foi muito directo e inequívoco na sua resposta ao novo estudo, que aparece na edição de hoje da revista Science. Os resultados são "uma piada", escreveu Pevzner num e-mail. "Biólogos evolucionistas sérios vão-se rir ao ler este trabalho".
Filogenia Molecular dos Mastodontes e dos Tyrannosaurus rex
Chris L. órgão, Maria H. Schweitzer, Wenxia Zheng, Lisa M. Freimark, Lewis C. Cantley, e John M. Asara
Science 320, 25 de Abril de 2008: 499.
Resumo: Apresentamos uma filogenia molecular para um dinossauro "não-aviário", alargando o nosso conhecimento da evolução nas características dos dinossauros "não-aviários" em macromoleculares para o nível macro-molecular da organização biológica. Fragmentos de proteínas de colágeno [alpha] 1 (I) e [alpha] 2 (I) extraídas de fósseis de ossos de Tyrannosaurus rex e de Mammut americanum (mastodonte) foram analisadas com uma variedade de métodos filogenéticos. Apesar de faltarem sequências de dados, o mastodonte agrupa-se com os elefantes e o T. rex agrupa-se com as aves, o que é consistente com as previsões baseadas em dados de genética e morfologia do mastodonte e em dados morfológicos do T. rex. Nossos resultados sugerem que os dados moleculares de organismos há muito extintos podem ter o potencial para resolver as relações em áreas críticas da árvore evolutiva dos vertebrados que têm, até agora, sido filogeneticamente intratáveis.
Veja também:
Callaway, E T rex confirmado como bi-bisavô de todas as aves, NewScientist.com, 24 de Abril de 2008
Weiss, R T rex mais perto das Moelas do que dos Lagartos, The Washington Post, 25 de abril de 2008; A02
(por David Tyler)
E veja também o post "T - REX - encontrados tecidos moles ?"
quarta-feira, 30 de abril de 2008
T. rex - descobertas espectaculares - mensagem errada
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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.
Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.
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Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução
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