Bradley Monton é um ateu que é professor de Filosofia da Universidade do Colorado, em Boulder.
Trabalhando na área da filosofia da ciência, epistemologia probabilística, filosofia do tempo, e filosofia da religião, ele escreveu um livro (ainda não publicado) sobre o Design Inteligente.
No livro ele defende, entre outras coisas, que "é legítimo ver o design inteligente como ciência", e que "o design inteligente deveria ser ensinado nas aulas de ciência das escolas públicas". Vejam:
A doutrina do design inteligente foi ostracizada pelos ateus, mas mesmo eu sendo um ateu, eu sou da opinião de que os argumentos a favor do design inteligente são mais fortes do que a maioria percebe. O objectivo deste livro é o de tentar fazer com que as pessoas levem a sério o design inteligente. Defendo que é legítimo ver o design inteligente como ciência, que há alguns argumentos plausíveis para a existência de um criador cósmico, e que o design inteligente deveria ser ensinado nas aulas de ciência das escolas públicas.
O livro está escrito de uma forma que pode cativar tanto professores como não-académicos. Prevejo que tanto os defensores como os opositores do design inteligente estarão interessados em lê-lo. Nele concordo com muito do que dizem os defensores do design inteligente - tentando ser intelectualmente honesto e dando crédito aos seus proponentes sempre que este é devido. Ao rejeitar os argumentos falaciosos contra o design inteligente, estou ajudando todos a compreender as questões e argumentos de forma mais clara. A longo prazo, isto é o que vai dar o maior apoio à causa da razão.
Tanto quanto sei, ninguém publicou um livro como este nem está no processo de escrever um. Existe uma quantidade razoável de literatura hoje sobre ateísmo vs teísmo, e sobre os méritos do design inteligente, mas essa literatura se tornou como uma guerra entre dois campos, e o objectivo do meu livro é transcender isso.
FONTE: http://spot.colorado.edu/~monton/BradleyMonton/ID.html
Vindo de um ateu isto é uma lufada de ar fresco que contrasta com o fundamentalismo a que muitos ateus nos têm vindo a habituar. Resta-nos pois desejar que ele encontre logo uma editora interessada em avançar com a publicação.
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