Os evolucionistas têm um problema. A teoria deles não se encaixa com os factos, mas apesar disso tem que ser verdade. Eles têm que mudar constantemente a história deles, enquanto que ao mesmo tempo insistem que ela é um facto. Como um fluxo Heracliteano, ela está a mudar constantemente, e mesmo assim chamam-lhe sempre a mesma coisa. Os evolucionistas são constantemente surpreendidos pela ciência, mas, eufemisticamente, eles chamam a isso de “progresso". Um artigo recente publicado na The Lancet, sugerindo que a evolução é como um rizoma, é um bom exemplo da loucura da evolução, é tão óbvio.
“Em 2009, com o aniversário dos 200 anos do nascimento de Darwin, o conceito de Darwinismo tornou-se tão popular que foi celebrado na maioria das revistas de biologia. No entanto, a teoria darwinista da evolução está associada com o conhecimento científico ultrapassado e crenças ultrapassadas do século 19. A teoria caracteriza-se por uma descrição da vida com a forma de uma árvore na qual se pensa que todos os organismos vivos têm um único ancestral e em que cada nódulo representa um ancestral comum (a árvore de Darwin) … A estrutura de base do nosso conhecimento actual mudou substancialmente. …”
Darwin tinha a certeza de que Deus não teria criado o padrão de hierarquia que se pensava que as espécies formavam. Hoje sabemos que aquele padrão é um modelo grosseiro e inadequado.
“No século 21, a revolução genómica trouxe uma mudança importante no modo como nós pensamos sobre a vida, que nos tem forçado a reconsiderar a maneira como descrevemos a evolução. Os dados genómicos têm-se acumulado gradualmente e mostram que houve fontes múltiplas da origem de informação genética dos organismos vivos, com herança a ocorrer não só verticalmente mas também lateralmente. Tal transferência lateral de genes, observada inicialmente somente em bactérias, foi rapidamente identificada em todos os organismos vivos. Por exemplo, o genoma humano é um mosaico de genes com origens eucarióticas, bacterianas (na mitocôndria e no núcleo), e virais. …”
Múltiplas origens, vertical, lateral, gradual, puntuada, para trás, para a frente. Entenderam?
“Portanto, actualmente nós não podemos identificar um único ancestral comum para o repertório de genes de qualquer organismo. A análise comparativa de genomas mostra não apenas um nível substancial de plasticidade no repertório de genes, mas também fornece evidência de que praticamente todos os genes, incluindo os genes ribossomais, foram trocados ou recombinados em algum episódio no passado. Acima de tudo, agora pensa-se que não existem dois genes que tenham uma história similar ao longo da árvore filogenética.”
Então, por que precisamos de um dogma do século 19?
“Além disso, existem alguns genes que não têm uma só história, devido à ocorrência de recombinações intragênicas. Portanto, a representação de um via evolucionária em forma de árvore que leva a um único ancestral comum na base da análise de um ou mais genes fornece uma representação incorrecta da estabilidade e da hierarquia da evolução. Finalmente, a analise de genomas tem revelado que uma proporção muito alta de genes provavelmente são recém-criados através da fusão de genes, degradação, ou de outros eventos, e que alguns genes só são encontrados num organismo (chamados de ORFans). Estes genes não pertencem a nenhuma árvore filogenética e representam novas criações genéticas.”
Quando o evolucionista afirma que os genes que aparecem vindos do nada “provavelmente são recém-criados através da fusão de genes, degradação, ou de outros eventos", ele quer dizer que não evoluiu pela narrativa convencional de descendência comum, ou pela via da transferência horizontal de genes. Aquelas vias são descartadas, de maneira que o evolucionista deve aceitar esquemas improváveis. Ele então rotula-os de “prováveis” não porque a ciência e a matemática revelem que seja assim, mas porque a evolução tem que ser verdade.
“Um conceito pós-darwinista de espécies vivas pode ser proposto, para integrar as teorias da multiplicidade e criação de novidade… Eu acredito que a evolução das espécies se parece muito mais com um rizoma (ou com um micélio). Consequentemente, esta visão da evolução parece-se com um conjunto de raízes que considera a ocorrência de multiplicidades. As espécies que surgem crescem a partir do rizoma com um repertório de genes de várias origens que irá permitir, sob condições ambientais favoráveis, a multiplicação e a perpetuação desta espécie. Como tal, novas potenciais espécies e novos genes estão continuamente a aparecer.”Este foi um bom exemplo de como o pensamento evolucionário faz chacota da ciência.
“Eu sugiro que nós respeitemos a mente revolucionária de Darwin e permitamos que a própria teoria da evolução evolua de uma árvore para um rizoma.”
Não existe muito para respeitar. Darwin não foi um intelectual revolucionário. O levantamento de peso teológico e filosófico foi feito muito antes de Darwin embarcar num navio e ir a algum lugar. Darwin tinha um bom domínio da ciência, mas virou-a de cabeça para baixo para que se encaixasse com a metafísica daquele tempo.
(por Cornelius Hunter)
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parte do artigo supracitado, em inglês:
In 2009, with the 200th anniversary of Darwin's birthday, the concept of Darwinism became so popular that it was celebrated in most biological journals. However, the Darwinist theory of evolution is associated with the scientific knowledge and outdated beliefs of the 19th century. The theory is characterised by a description of life as a tree in which all living organisms are thought to have a single ancestor and where each node represents a common ancestor (Darwin's tree) … The structure of our current knowledge base has changed substantially. …
In the 21st century, the genomic revolution has brought about an important change in the way we think about life, which has forced us to reconsider the way we describe evolution. Genomic data have gradually accumulated and show that there were multiple original sources of the genetic information of living organisms, with inheritance occurring not only vertically but also laterally. Such lateral gene transfer, initially observed only in bacteria, was quickly identified in all living organisms. For example, the human genome is a mosaic of genes with eukaryotic, bacterial (in the mitochondria and the nucleus), and viral origins. …
Thus we cannot currently identify a single common ancestor for the gene repertoire of any organism. Comparative genome analysis shows not only a substantial level of plasticity in the gene repertoire, but also provides evidence that nearly all genes, including ribosomal genes, have been exchanged or recombined at some point in time. Overall, it is now thought that there are no two genes that have a similar history along the phylogenic tree.
Moreover, there are some genes that do not have a single history, due to the occurrence of intragenic recombinations. Therefore the representation of the evolutionary pathway as a tree leading to a single common ancestor on the basis of the analysis of one or more genes provides an incorrect representation of the stability and hierarchy of evolution. Finally, genome analyses have revealed that a very high proportion of genes are likely to be newly created through gene fusion, degradation, or other events, and that some genes are only found in one organism (named ORFans). These genes do not belong to any phylogenic tree and represent new genetic creations.
A post-Darwinist concept of the living species can be proposed, to integrate the theories of multiplicity and de-novo creation … I believe that the evolution of species looks much more like a rhizome (or a mycelium). Consequently, this view of evolution resembles a clump of roots that considers the occurrence of multiplicities. Emerging species grow from the rhizome with gene repertoires of various origins that will allow, under favourable environmental conditions, the multiplication and perpetuation of this species. As such, potential new species and new genes are continuously appearing.
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