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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Entrevista a Michael Behe no Brasil

Vídeo com a entrevista a Michael Behe aquando da sua visita ao Brasil (Michael Behe foi palestrante no IV Simpósio Darwinismo Hoje):



5 comentário:

Anônimo disse...

Cheguei aqui por acaso, resolvi ver o vídeo e achei muito interessante. Já tinha ouvido falar do sr. Behe antes, e foi bom ver suas ideias saindo de sua boca. Meu nome é Cristiano e sou biólogo, e, apesar de não trabalhar com evolução, sou um leitor assíduo de autores que tanto a apóiam quanto a refutam, ou seja, há tanto livros de Dawkins quanto bíblias na minha estante.
O sr. Behe começou dizendo e explicando o design inteligente como ciência, o que é que ele se propõe. O que ele não disse é que toda ciência é construída através do método científico, algo que todo adolescente no ensino médio já ouve falar e estuda, ou seja, o conhecimento é gerado através de observações da natureza, o que, invariavelmente, gera dúvidas no observador, que as tenta explicar através de uma hipótese. Ao contrário do DI, que para aí, a ciência continua, a hipótese necessita ser testada com afinco e exaustão, o que faz surgirem novos problemas, que são estudados e resolvidos. De qualquer forma, os cientistas trabalham a questão, o processo é demorado, a comunidade científica vai agregando conhecimentos aos poucos, e, com o passar do tempo, quando a hipótese inicial já ganhou corpo suficiente e explica uma série de fenômenos naturais, passa a ser chamada de teoria. Ao contrário do uso coloquial dessa palavra, "teoria" em ciência significa algo consolidado como verdade, não absoluta, pois como todos sabem, em ciência isso não existe.
Olhar para algo complexo como a célula e explicar a complexidade usando o argumento da "complexidade irredutível" é atirar no próprio pé. O deslumbramento que a célula causa, evocando a necessidade de uma inteligência criadora de tudo, poderia ser inúmeras vezes maior ao pensarmos sobre essa própria inteligência criadora. Se há necessidade de inteligência criando coisas complexas, quem criou a complexidade do ser inteligente? Ele sempre existiu? Se não, como ele surgiu?
Há inúmeros livros de biólogos evolucionistas, isso sem falar dos incontáveis periódicos especializados em evolução, que tratam desses assuntos e que já refutaram em diversos aspectos essas ideias de design inteligente. Me parece muita preguiça do sr. Behe em se manter informado, em ainda dizer coisas tão ultrapassadas.
Outra coisa que vale deixar claro, a teoria evolutiva que Darwin lançou foi, sim, modificada e reformada ao longo dos anos. Qual o problema? O grande mérito da ciência é que ela própria se conserta, ela encontra seus próprios erros e os corrige, seu avanço é pautado exatamente pelos erros seguidos de acertos, mais erros e mais acertos. Se há 150 anos um naturalista propôs um mecanismo pelo qual a evolução se opera, muito provável é que suas ideias sejam modificadas e complementadas à medida que o conhecimento científico vai aumentando. O entendimento do mecanismo evolutivo pode se modificar, mas o mecanismo continua a acontecer independentemente da vontade ou da compreensão humana. Evolução é um fato, assim como é a gravidade. O que nem sempre existiu foi o entendimento humano acerca desse fenômeno natural.
Fico extremamente preocupado quando doutores como o sr. Behe ganham nome e reputação internacionais, quando suas ideias podem ser completamente discutidas e abatidas por qualquer estudante bem preparado de biologia.

Anônimo disse...

O argumento do colega anônimo é fraquinho, fraquinho...
Essa história de: "então quem criou Deus"? é argumento de criança.
A noção de Deus, surge, dentre outros lugares, da constatação óbvia de que, do nada, nada pode surgir; e que, portanto, algo necessariamente sempre existiu. Simples assim!
Outra coisa:
A idéia que ele faz da ciência é muito romântica. Parece que um método perfeito, que funciona por si só. Ele esquece que a ciência, na prática, é exercida por homens, com todos os seus vícios e limitações. Interesses financeiros, disputa por verbas, brigas de egos, tudo isso existe e pode desvirtuar completamente o rumo das investigações.

Anônimo disse...

Não adianta dizer que o meu argumento é fraquinho sem apontar concretamente onde está a fraqueza. Aliás, anônimo não, eu disse meu nome. Se isentar de responder a pergunta dizendo que ela é "de criança" não responde e não resolve o problema do surgimento do criador, e se você disser: "o criador sempre existiu", eu posso dizer: "pois bem, o universo sempre existiu". Daí eu economizo um passo. Mas se você disser: "mentira, o universo teve um início, então sua resposta não vale". Daí eu responderia: "claro que sim, o universo COMO O CONHECEMOS HOJE teve um início, mas o que viria a ser transformado em universo, a matéria prima para a energia e a matéria que existem hoje, já estava lá, embora não fosse matéria e energia. Pode não ter sido uma criação 'do nada'". Assim como você pensa em, por exemplo, um martelo sendo criado do nada, e eu digo "é verdade, a figura de um martelo, na qual está imbutida seu propósito, foi criada do nada, mas a matéria prima estava lá antes: ferro e madeira", o mesmo acontece com o universo.

É um salto muito grande dizer "algo necessariamente sempre existiu" e concluir "portanto esse algo é deus", você não acha?

Outra coisa: minha ideia não é romântica, pelo contrário. Entendo perfeitamente que é através dos erros da ciência que o conhecimento cresce. O método científico deu e dá certo simplesmente pelo fato de que, ao invés de esconder os erros, os admite e os usa para não errar no futuro. É justamente porque existem disputas, porque o conhecimento não é gerado por uma pessoa ou grupo de pessoas, que a ciência progride. Há uma enorme democracia na ciência, maior do que em qualquer área do envolvimento humano que você possa mencionar. Basta os equipamentos certos e cérebros pensantes pra você publicar na Nature.

Cephey1 disse...

Sr Cristiano, se o criador foi criado por alguém, isto não invalida a design. Caso contrário, os computadores e seus programas não teriam sido criados por ninguém visto que seu criador também foi criado. Então, seguindo a tua "lógica", seria válido alguém argumentar que todos os computadores e seus programas surgiram por acaso, até esse alguém acompanhar todo o processo de fabricação de todos os computadores, desde a origem da matéria prima até o acabamento.
No entanto, eu não preciso entrar em uma fábrica de computadores ou de pregos para constatar que os mesmos são projetados.
Querer ver o criador para acreditar no design é como o tal sujeito, que só acredita que os computadores, pregos e etc foram projetados após acompanhar todo o processo, desde a origem da matéria prima até o acabamento. Não é nada inteligente o que o senhor propõe.
É bem verdade que a ciencia evolui e novos conceitos substituem os anteriores. No entanto o evolucionismo não é caracterizado por novos conceitos que evoluem, mas sim por erros grosseiros e fraudes vergonhosas.
Os órgãos vestigiais, por exemplo, eram definidos como orgãos que não tinha qualquer função, sendo apenas vestígios de antepassados animais. De nada adiantava os protestos dos criacionistas e dos religiosos contra. Os evos tinham como verdade que existiam órgãos sem função. Passado o tempo, a medicina jogou esta farsa evolucionista por terra. Diante disso, os evos mudaram o discurso e passaram a dizer que órgãos vestigiais podem ou não ter função.
Outro exemplo era a semelhança genética de quase 99% entre humanos e chimpanzés que foi divulgado pelos evolucionistas.
Mentira descarada. Esta semelhança varia de acordo com o gosto de cada um, podendo ser de apenas 85%.
Eu poderia dar aqui uma enorme lista de fraudes e erros grosseiros. Mas isto não adiantaria em nada para quem considera a evolução um fato, mesmo que os verdadeiros fatos mostrem o contrário.
Fato é aquilo que pode ser observado. Me avise quando o senhor ver um jacare-galinha ou um homem-macaco andando por aí para que então eu lhe mostre o criador em pessoa.

Anônimo disse...

fico realmente fascinado com a proposto do evolucionismo. veja bem: é inadmissível um Criador de tudo. um ser racional, inteligente, que agiu com maestria, para realizar esta proesa inigualavel que é o universo. Mas um "Nada" nos é apresentado como o originador de tudo? Pergunto:Como pode o nada no sentido obviou da palavra originar alguma coisa, se ele mesmo é um nada? É, Isto sim, é acreditar em milagres.





A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução