Numa nota online ao seu recente livro, "Your Inner Fish: A Journey into the 3.5-Billion-Year History of the Human Body", o autor Neil Shubin, que dirigiu o curso de anatomia na Universidade da Escola Médica de Chicago, escreve,
"Acontece que ser um paleontologo é uma grande vantagem no ensino de anatomia humana. Porquê? Os melhores mapas do corpo humano estão nos corpos de outros animais. A maneira mais simples para ensinar os alunos sobre os nervos da cabeça humana é mostrar-lhes como são as coisas nos tubarões. O melhor mapa para os seus membros está nos peixes. Os répteis são uma verdadeira ajuda com a estrutura do cérebro. A razão disto é que os corpos destas criaturas são versões mais simples do nosso."
O foco do estudo inicial de Shubin foi o Tiktaalik, um peixe de 375 milhões de anos de idade descoberto em 2004 no Artico Canadiano (também chamado de "fishapod"). Este peixe primitivo tinha um pescoço funcional, olhos no topo da sua cabeça, e barbatanas dianteiras que eram fortes o suficiente para funcionar de alguma forma como pés, sustentando o seu corpo, o que sugere terem-se desenvolvido ao longo das linhas dos anfíbios. Anfíbios, tais como sapos, vivem a sua vida adulta em terra, mas as suas vidas iniciais na água, tal como fizeram a maior parte das formas de vida primitivas. Anfíbios são considerados os primeiros vertebrados (animais com ossos). O Tiktaalik ajuda a ilustrar a diferença entre a abordagem dos cientistas que são Darwinistas convictos e a dos cientistas que vêm os problemas da evolução principalmente nos termos da teoria da informação (design inteligente). O Darwinista diz, Aí está! - Encontramos um elo perdido, por isso agora SABEMOS! O que aconteceu. Por exemplo, a partir do artigo da Time Magazine sobre o "fishapod", aprendemos que, quanto às barbatanas dianteiras do Tiktaalik,
"Em terra, observa o colaborador de Shubin, Ted Daeschler, professor da cadeira de zoologia de vertebrados na Academia de Ciências Naturais de Filadelfia, tal apêndice teria sido pior do que inútil. Mas teria sido mais do que suficiente para sustentar a cabeça do animal acima da água para que ele pudesse sondar os arredores ou para se agarrar debaixo de água enquanto emboscava a sua presa. A vantagem de poder engolir ar através dos pulmões tão bem como pelas guelras teria igualmente sido imediata, uma vez que o "fishapod" habitava águas quentes e rasas que ficavam frequentemente inhabitaveis devido a vegetação em decomposição."
Na verdade, não sabemos se daquilo alguma coisa aconteceu. Ted Daeschler assume que aquela evolução Darwinista (seleção natural agindo em mutação aleatória) de alguma forma produziu estas mudanças. Assim, pegando e escolhendo entre as condições ambientais que também assumimos que tenham existido, construimos uma história sobre como isso aconteceu sem quaisquer evidências especificas.
O teórico da informação que consultei teve uma abordagem completamente diferente para o problema. Ele disse que não sabemos o que aconteceu, porque não sabemos como a informação que produziu esta alteração apareceu no sistema. Observámos apenas a mudança em si, e não a chegada da informação. O problema, disse ele, não é com as mudanças que são necessárias para produzir um anfíbio, mas com a determinação exata de como tais mudanças vieram a aparecer:
"Existem duas maneiras de olhar para o problema da passagem do peixe para o Tiktaalik e, em seguida, da passagem do Tiktaalik para os anfíbios. Se nós apenas olharmos para um design de corpo então não é preciso muita imaginação para dizer que o peixe evoluíu no Tiktaalik e, em seguida, o Tiktaalik evoluiu nos anfíbios através da seleção natural. No entanto, isso é uma maneira muito grosseira de olhar para a evolução.... muito do século 19."
"É como olhar para um computador portátil e uma caixa de pizza... Existem semelhanças na estrutura e poder-se-ia defender (desde que não se abrisse nem o computador portátil nem a caixa de pizza) que processos naturais tinham transformado a caixa de pizza numa forma de computador portátil. A outra abordagem (mais adequada para o século 21) é olhar para as alterações de código no genoma que seriam necessários para ir de um peixe até um Tiktaalik e de um Tiktaalik a um anfíbio."
"Nunca me deixa de surpreender que os Darwinistas possam tão alegremente criar um cenário baseado na morfologia sem sequer ventilarem uma frase sobre as massivas mudanças na codificação que seriam necessárias. Será que eles não têm noção dos requisitos da informação do século 21? Claro que é verdade que não temos o DNA do Tiktaalik, mas temos o DNA do Celacanto e dos anfíbios. Uma ciência decente exigiria, no mínimo, uma análise cuidadosa da diferença na codificação entre o Celacanto e algum anfíbio representativo antes de um cientista ir por aí a anunciar que a mudança evolucionária (sem qualquer input de DI) é mesmo possível, para não dizer representada pelo Tiktaalik."
Uma razão pela qual a controvérsia do design inteligente é intratável é que muitos cientistas estão presos no modo primitivo de descobrir que uma mudança ocorreu e declarando que a "teoria de Darwin explica isso!" Eles então inventam histórias para mostrar como a teoria de Darwin teoria poderia explicar isso.
Aquele tipo de coisa: "O Tiktaalik sobreviveu sustentando-se a si mesmo e comendo pequenos peixes em águas rasas." Talvez Tiktaalik tenha feito isso. Mas isso não explica como ele se encontrou na posição de fazê-lo.
Esse tipo de história "just so" não vai colar mais, porque a enorme complexidade interior do design das formas de vida requer uma explicação mais aprofundada e detalhada do que essa.
A teoria de Darwin simplesmente não é adequada para a tarefa, e os recursos gastos a sustentá-la seriam melhor utilizados de outra forma.
(Texto azul, de O'Leary)
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