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sexta-feira, 11 de abril de 2008

O vazio no "espaço taxonómico"

Richard Lewontin Taxonomic Space Espaço TaxonómicoO seguinte texto é bem interessante vindo de um biólogo e geneticista evolucionista. Faz parte de um artigo de Richard Lewontin, chamado "Quatro Complicações na Compreensão do Processo Evolucionário". Dá que pensar, vejam:

A fim de discutir as complicações que surgem na compreensão dos processos evolucionários, é necessário primeiro tornar claro qual é o objectivo da explicação evolucionaria. Para este efeito, o conceito de "espaço taxonómico" é bastante útil.
Devemos este conceito a G. Evelyn Hutchinson, mas Walter Fontana e outros têm-no utilizado desde então de uma forma ou de outra. Este espaço taxonómico de organismos tem um enorme número de dimensões, cada uma correspondendo a alguma característica que poderia ser utilizada na caracterização de um indivíduo.
Se olharmos para a ocupação de tal espaço ficamos impressionados com o facto de ele ter uma estrutura.
Organismos individuais são agrupados no espaço e esses agrupamentos são eles próprios agrupados. E existem agrupamentos de agrupamentos de agrupamentos, um pouco como as estrelas no cosmos. A coisa mais importante para o evolucionista é que quase todo o espaço está vazio, não só quando são considerados os organismos existentes, mas também quando todos os organismos que se sabe que já existiram são considerados. A medida do vazio desse espaço é quase um, a medida da ocupação é quase zero.

O verdadeiro problema para os evolucionistas não é explicar os tipos de organismos que na realidade já existiram. O verdadeiro problema para os evolucionistas é explicar como é que a maioria dos tipos de organismos potencial e aparentemente razoáveis nunca existiram. O problema é explicar a localização dos espaços vazios no conjunto de agrupamentos de pontos ocupados. É fácil descrever organismos que nunca existiram.



Texto Original, em inglês:

IN ORDER TO DISCUSS complications that arise in the understanding of evolutionary processes, it is first necessary to make clear what the evolutionary explanation
is to accomplish. For this purpose the concept of “taxonomic space” is a useful one. We owe this notion to G. Evelyn Hutchinson, but Walter Fontana and others have since used it in one form or another. This taxonomic space of organisms has a huge number of dimensions, each corresponding to some character that might be used in the characterization of an individual. If one looks at the occupancy of such a space one is struck by the fact that it has a structure to it.
Individual organisms are clustered in the space and those clusters are themselves clustered. And there are clusters of clusters of clusters, rather like the stars in the cosmos. The most important thing for the evolutionist is that nearly the entire space is empty, not only when extant organisms are considered, but when all organisms known to have ever existed are considered. The measure of the emptiness of that space is nearly one, and the measure of the occupancy is nearly zero.

The real problem for the evolutionist is not to explain the kinds of organisms that have actually ever existed. The real problem for the evolutionist is how it is that most kinds of potential and seemingly reasonable organisms have never existed. The problem is to explain the location of the empty spaces in the clustered assemblage of occupied points. It is easy to describe organisms that have never existed. [...]


Fonte:
Four Complications in Understanding the Evolutionary Process



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução