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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Agnóstico Pró-DI versus Teísta Anti-DI

Num debate a ocorrer brevemente, o defensor do Design Inteligente é um agnóstico, e o oponente (o que acha que não há evidência de design no universo) é um Cristão:

Newsletter do Instituto Faraday n º 32 (Setembro 2008)

O Curso Faraday, intitulado "Ciência e Religião para Líderes da Igreja", também destinado aqueles que se estão a formar para o ministério, terá lugar Nov 4-6a. Como é habitual todos os pormenores estão disponíveis no web-site Faraday (www.faraday-institute.org). . . .

Steve FullerQuem estiver na área de Birmingham, no Reino Unido, pode estar interessado em saber que, no sábado de 27 de Setembro, às 16:00 no Hotel George, Lichfield, o Director do Instituto estará em debate com o Prof Steve Fuller (Professor de Sociologia na Universidade Warwick) no Festival Literário de Lichfield (hwww.lichfieldfestival.org) sob o tema do Design Inteligente. Este é um debate um pouco contra-intuitivo em que o Prof Fuller, um agnóstico, é um adepto do DI, enquanto que o Director, um teista, é um crítico do DI.

Esperemos que a troca de pontos de vista venha a clarificar em vez de ofuscar ainda mais um tema que sempre esteve envolto por um espesso nevoeiro de confusão.

Denis Alexander [Diretor do Instituto Faraday]



Pode-se ler no site do Festival Literário de Lichfield:

Dissent Over DescentAlguns pensam que o Design Inteligente (DI) é apenas uma face do fundamentalismo Cristão, outros vêem a evolução como a única cosmovisão científica sensata. Mas o DI impulsionou a ciência ao longo de 500 anos. Foi responsável pela Revolução Científica do século 17, e ajudou a construir as histórias modernas da física, matemática, genética, e ciências sociais. Os proponentes do DI tomam literalmente a ideia Bíblica de que os humanos foram criados à imagem de Deus. Esta visão da humanidade capacitou o Ocidente a triunfar na era moderna. A Evolução, por outro lado, deriva de ideias antigas, sobre o nosso enraizamento na natureza e a transitoriedade de todas as formas de vida. Até Darwin poucos evolucionistas eram cientistas. O que aconteceu para se inverterem os destinos destes dois movimentos?

Com os eventos comemorativos do segundo centenário de Darwin no horizonte junte-se a nós para esta discussão provocativa para todos que queiram uma compreensão mais profunda do debate mais vociferante na ciência, de um lado com um não-Cristão, epistemólogo social, argumentando a favor da teoria do Design Inteligente, e do outro lado com um cientista que acredita apaixonadamente tanto na doutrina bíblica da criação como na coerência da teoria evolucionista.

Steve Fuller é Professor de Sociologia na Universidade de Warwick. Denis Alexander é Director do Faraday Institute of Science and Religion, em Cambridge.

Não sei se repararam que este último texto já contém uma incorrecção grossa relativamente ao DI, acabando mesmo por entrar em contradição. É que quem tiver o mínimo de conhecimento do que é o Design Inteligente sabe que o Design Inteligente não está dependente de uma leitura da Bíblia, muito menos literal, nem de nenhum outro relato religioso em particular. E o próprio texto acaba depois por confirmar isto ao registar que o proponente do DI no debate é um não-Cristão.

Já foi aqui referido neste blog outros agnósticos apoiantes do Design Inteligente, e até mesmo um ateu apoiante do DI (Vejam o post "Um Ateu Defende o Design Inteligente")

Para quem não sabia o Design Inteligente afirma que certas características no universo e nos seres vivos são melhor explicadas por uma causa inteligente, e que os sinais de uma causa inteligente são empiricamente detectados na natureza.

Para dissipar o "espesso nevoeiro de confusão" em torno do DI era bom que o mesmo começasse por ser representado de forma precisa e rigorosa.



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução