A Press Association noticiou ontem os resultados de uma nova sondagem feita aos professores no Reino Unido:
Três em cada 10 professores acham que o criacionismo devia ser ensinado nas aulas de ciência, de acordo com uma nova sondagem.
Mais de um terço (37%) dos professores primários e secundários, em geral são da opinião que o criacionismo deveria ser ensinado a par com a evolução e com a teoria do Big Bang.
A sondagem Ipsos Mori de mais de 900 professores primários e secundários na Inglaterra e no País de Gales concluiu que, enquanto quase metade (47%) acham que não deveria ser ensinado nas aulas de ciências, dois terços (65%) concordam que o criacionismo deveria ser discutido nas escolas.
Isto aumenta para três quartos os professores (73%) com a ciência como na sua especialidade. Dois em três especialistas em ciência (65%) não acham que o criacionismo deveria ser ensinado nas aulas de ciência. Mas poucos professores pensam que o criacionismo como ideia deveria ser imediatamente posta de lado.
Apenas um em cada quatro (26%) concordam com a opinião expressa pelo Professor Chris Higgins, vice-chanceler da Universidade Durham que o "criacionismo é totalmente indefensável como teoria, e que a única razão para mencionar o criacionismo nas escolas é o de permitir aos professores demonstrarem por que razão a ideia é um disparate científico e não tem base em evidências ou no pensamento racional. "
Fiona Johnson, chefe de pesquisa em educação na Ipsos Mori e directora da Ipsos Mori Teachers Omnibus, afirmou: "Os nossos resultados sugerem que muitos professores estão a tentar adoptar uma abordagem ponderada a esta controversa questão, uma abordagem que procura não só explicar as diferenças essenciais entre as teorias cientificas e outros tipos de "teoria", mas que também procura reconhecer que - independentemente da, ou mesmo apesar da, "ciência" - os alunos podem ter uma variedade de firmes convicções, e de crenças baseadas em fé igualmente defensáveis"
O Prof Higgins disse: "O Criacionismo, como uma alternativa à evolução das espécies, há muito que foi completamente desacreditado através da análise rigorosa dos dados. Claro que, se um aluno levanta o criacionismo como uma hipótese, então uma breve discussão sobre o motivo por que o criacionismo está errado pode ser apropriada como parte de uma educação intelectualmente integra e de pensamento racional.
"Mas isso iria pôr em causa qualquer sistema de ensino para que propositadamente se ensinassem ideias desacreditadas que só são perpetuadas por ignorância ou por um pensamento errado - poderia-se também ensinar astrologia, que a terra é plana, alquimia ou um universo geocêntrico."
Uma sondagem de TV a 1200 professores, publicada no mês passado, revelou que um terço dos professores acreditam que ao criacionismo devia ser dado o mesmo estatuto que à evolução na sala de aula. Em Setembro, o biólogo de renome, o Rev Professor Michael Reiss demitiu-se do cargo de director de educação da Royal Society uns dias após ter sugerido que o criacionismo devia ser incluído nas aulas de ciência.
Falando no Festival da Associação Britânica da Ciência na Universidade de Liverpool, o Prof Reiss - um ministro ordenado da Igreja da Inglaterra - disse que era melhor para os professores de Ciências não verem o criacionismo como um "equívoco", mas como uma "visão do mundo". A Ipsos Mori questionou 923 professores nas escolas primárias e secundárias na Inglaterra e no País de Gales entre 5 de Novembro e 10 de Dezembro.
A Truth in Science está convencida que se as questões fossem colocadas em relação ao Design Inteligente, um grande número de professores teria apoiado o ensino desta teoria científica nas aulas de ciências. Há um verdadeiro debate científico por fazer sobre a capacidade dos mecanismos darwinistas para produzirem o mundo vivo como o conhecemos hoje. O Design Inteligente defende que a aparência de design, que toda a gente concorda que é encontrado no mundo vivo, é exatamente o que parece ser: o trabalho de uma inteligência projectista.
Em 2006, a Truth in Science enviou um DVD para todos os departamentos de ciências das escolas secundárias do Reino Unido, que definia a teoria do design inteligente. O debate sobre o design inteligente, como muitos professores sabem, não é sobre ciência versus "crenças baseadas em fé", nem é sobre a ciência versus "ideias desacreditadas". É sobre a ciência versus ciência.
A opinião da Truth in Science sobre a recente controvérsia que envolve o Prof Reiss e a Royal Society pode ser encontrada aqui.
(por Truth in Science)
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