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sábado, 16 de janeiro de 2010

Neandertais eram inteligentes e artistas

"Parece que todos nós temos sido culpados por difamarmos o homem de Neandertal", declarou um recente editorial no The Guardian. Este comentário veio na sequência de um relatório documentando a evidências da utilização de pigmentos e de conchas decorativas pelos neandertais.
Isto teria ocorrido muitos anos antes de qualquer contacto directo com os seres humanos modernos, comprometendo assim qualquer ideia de que os artefactos realmente não representam a cultura dos neandertais. Adornos pessoais, utilizando uma variedade de cores, implica um sentido estético e uma valorização do simbolismo. Uma vez que os neandertais têm sido frequentemente apresentados como não tendo essas características "modernas", a nova pesquisa exige que se faça uma reavaliação.


Imagem: Concha decorativa que terá adornado o pescoço de um Neanderthal (Imagem de João Zilhão)

Nós temos sido expostos desde há muito tempo à ideia de que os neandertais eram sub-humanos. Eles têm sido apresentados como lentos, pesados, estúpidos e brutos! A maioria das pessoas tendem a pensar que os neandertais não tinham capacidade de usar palavras para falar. Será que a novas pesquisa vai mudar estas ideias?

"É muito difícil apagar a imagem embrutecida do pensamento popular", o professor Stringer disse à BBC News. "Quando os fãs de futebol se comportam mal, ou os políticos defendem posições reaccionários, são invariavelmente chamados de 'neandertais', e eu não estou a ver os tablóides a mudar as suas manchetes brevemente."

A situação em que nos encontramos surgiu porque a explicação Darwinista da origem humana tem sido adoptada pela nossa cultura. O mito das origens de Darwin exige uma evolução gradual tanto da anatomia como da cultura - desde o macaco até ao homem. O homem de Neandertal tem sido parte dessa história - ele é o intermediário arquetípico. Apesar de muitas evidências em contrário, pouco tem sido feito para acabar com o mito. Indicações de sofisticação cultural foram interpretadas como tendo sido negociação de artefactos dos neandertais com os seres humanos modernos, ou daqueles imitarem estes sem compreenderem o que faziam. Este é um bom exemplo do "salvar o paradigma" no sentido kuhniano, em que o velho paradigma se apega ao modelo teórico aceito contra as evidências contrárias. É hora de se desfazer a mentalidade Darwinista que pressupõe uma evolução gradual. Deixemos os pesquisadores serem livres para abordar as evidências com múltiplas hipóteses de trabalho e participarem de um programa mais rigoroso de testes de hipóteses e análise.

(por David Tyler)

Symbolic use of marine shells and mineral pigments by Iberian Neandertals
Joao Zilhao, Diego E. Angelucci, Ernestina Badal-Garcia, Francesco d'Errico, Floreal Daniel, Laure Dayet, Katerina Douka, Thomas F. G. Higham, Maria Jose Martinez-Sanchez, Ricardo Montes-Bernardez, Sonia Murcia-Mascaros, Carmen Perez-Sirvent, Clodoaldo Roldan-Garcia, Marian Vanhaeren, Valentin Villaverde, Rachel Wood and Josefina Zapata
Proceedings of the National Academy of Sciences, published online before print January 11, 2010 | doi:10.1073/pnas.0914088107

Abstract: Two sites of the Neandertal-associated Middle Paleolithic of Iberia, dated to as early as approximately 50,000 years ago, yielded perforated and pigment-stained marine shells. At Cueva de los Aviones, three umbo-perforated valves of Acanthocardia and Glycymeris were found alongside lumps of yellow and red colorants, and residues preserved inside a Spondylus shell consist of a red lepidocrocite base mixed with ground, dark red-to-black fragments of hematite and pyrite. A perforated Pecten shell, painted on its external, white side with an orange mix of goethite and hematite, was abandoned after breakage at Cueva Anton, 60 km inland. Comparable early modern human-associated material from Africa and the Near East is widely accepted as evidence for body ornamentation, implying behavioral modernity. The Iberian finds show that European Neandertals were no different from coeval Africans in this regard, countering genetic/cognitive explanations for the emergence of symbolism and strengthening demographic/social ones.



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução