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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Não, o Papa não é Darwinista, mas que tipo de evolução ele apoia?

Papa Darwin popeEu tenho estado à espera de vir a cruzar-me com o lado Católico na controvérsia sobre a evolução Darwinista, e agora, finalmente, eu tenho um desses momentos: Recentemente, o Papa Bento XVI deu uma palestra na qual ele disse explicitamente:

"O homem não é fruto do acaso ou de um conjunto de convergências, determinismos ou de reacções físico-químicas", disse ele numa reunião de académicos de diferentes disciplinas, patrocinada pela Academia de Ciências de Paris e pela Academia de Ciências Pontifícia.

Este tipo de linguagem explica porque é que o Darwinista Católico, Ken Miller, ficou tão perturbado com Christoph, Cardeal Schoenborn, um membro B16, durante o seu famoso artigo de 2005 no New York Times.

Miller ficou aborrecido porque ele sabe tão bem como qualquer pessoa que esta e outras declarações do Cardeal e do Papa são formas educadas de dizer que a Igreja Católica não suporta teorias materialistas da evolução como o Darwinismo, uma posição tomada em 1996 por João Paulo II, mas que foi amplamente desvirtuada desde então. Claramente, Schoenborn não deu crédito às alegações de Miller de que o darwinismo não era intrinsecamente ateu. Na verdade, ele não deveria mesmo dar crédito, pois 87% dos biólogos evolucionístas são ateus ou agnósticos (com 78% a serem naturalistas puros).

Mas isso é chão mais que pisado, e eu não vou por aí agora.

A questão fundamental é o que é que a Igreja VAI apoiar, se não é o Darwinismo - e surgiu uma resposta surpreendente. Um amigo disse-me que o livro "Chance or Purpose?" (Acaso ou Desígnio?) do próprio Cardeal Schoenborn, que já encomendei mas que ainda não recebi ou li, resume o paleontólogo jesuíta Teilhard de Chardin de uma forma favorável, citando,
Ele [Teilhard] incorporou a forma como a fé Cristã via a Encarnação de Deus em Jesus Cristo como uma visão inspiradora para a sua investigação e para o seu pensamento como cientista da natureza. Por outro lado, ele estava constantemente a abrir a sua actividade como investigador científico em direcção ao grande horizonte que tinha sido desbloqueado para ele pela sua fé Cristã.

Frank Wilson, editor de livros para o Philly Inquirer, revisou Schoenborn e também foca na sua simpatia por Teilhard:
O que é talvez o mais interessante é a forma como Schönborn é solidário com as opiniões do controverso paleontólogo jesuíta Pierre Teilhard de Chardin, cujo livro "O Fenómeno Humano" (ostentando um prefácio pelo não menos evolucionista Julian Huxley), de 1960, imprimiu uma visão Cristológica à teoria evolutiva (Cristo "torna-se o centro visível da evolução, bem como o seu objectivo, o seu "ponto-ómega").

Ligar a evolução a Cristo pode parecer bizarro, mas é fundamental para o argumento do livro de Schönborn, evidente no seu título. Será que a evolução precisa ser pensada como uma questão de puro acaso? Ou ela poderá ter um desígnio?

Hmmmm. Verdade seja dita, as ideias de Teilhard foram denunciados pela Igreja em 1962 e 1981, como estando cheias de "graves erros", que "ofendem a doutrina Católica." Aqui está um resumo das suas ideias básicas.

O apologista cristão, CS Lewis, disse a um amigo que o livro de Teilhard,"O Fenómeno Humano", foi "a loucura da corrida à evolução":
Ele salva a 'continuidade' ao dizer que antes de haver vida na matéria havia aquilo que ele chamou de "pré-vida". Você consegue ver alguma possível utilidade em tal linguagem? Antes de você ligar as luzes na cave havia (se você assim quiser chamar) "pré-luz", mas o Português para isso é "escuridão". Em seguida, ele vai para o futuro, e parece-me que repete Bergson (sem a eloquência) e Shaw (sem o saber). Ele acaba, como seria de esperar, em algo desconfortável como o panteísmo; Os próprios Jesuítas fizeram muito bem em proibi-lo de publicar mais livros sobre o assunto. Esta proibição provavelmente explica o "grande sucesso" que ele está a ter entre os nossos cientistas. . .

Presumivelmente, nos "nossos cientistas" Lewis incluiría o ateu Julian Huxley, que escreveu uma introdução ao livro de Teilhard, e aparentemente queria encontrar uma religião da evolução. No "Evolution Sunday" ele finalmente realizou o seu desejo.

Lewis não era o único a não dar crédito a Teilhard. O Nobel laureado (imunologia), Peter Medawar, escreveu um artigo devastador sobre o "Fenómeno", lamentando
a ignorância que torna possível as pessoas serem levadas a acreditar num saco de truques como este. Se fosse uma ignorância inocente e passiva, seria desculpável; mas de forma tão explícita, infelizmente, é uma vontade activa de se ser enganado.

Um amigo perspicaz conclui que a dificuldade de Schoenborn é política. Ele não pode apoiar o Darwinismo, mas ele também não pode usar termos ou conceitos como o design. Não só isso iria enfurecer Altas Personalidades mas também iria dar a impressão que os evangélicos Protestantes o estariam a influenciar. Mas, ao mesmo tempo que se compreende as suas dificuldades, muitas pessoas têm-me manifestado descontentamento pela sua recente escolha de apresentar Teilhard como um pensador Católico amplamente homenageado na Igreja - coisa que ele não foi.

Sim, existem Teilhardianos por aí, mas olhe bem quem são e julgue você mesmo como eles se relacionam ao Catolicismo.

(Para um resumo dos ensinamentos Católicos, clique aqui)

(por O'Leary)



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução