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sábado, 23 de fevereiro de 2008

T. spectabilis: palmeira que se auto-destrói

Novas descobertas na ciência: palmeira auto-destrutiva confunde botânicos

T.spectabilis palmCom 18 metros de altura e folhagem com 5 metros de diâmetro, a T. Spectabilis é a maior palmeira alguma vez encontrada na ilha de Madagáscar. Mas os botânicos (cientistas que estudam as plantas) perguntam-se como é que a palmeira veio parar a Madagáscar?

A palmeira também tem uma característica incomum para uma árvore: ela espera muitas décadas - talvez um século - para em seguida florir e se auto-destruir no processo.


Outro ramo na árvore genealógica da palmeira

As palmeiras são encontradas hoje em todos os continentes excepto na Antártica. Até agora os botânicos classificaram 2600 espécies de palmeiras de 202 géneros. A família Arecaceae ou Palmae está dividida em seis sub-famílias, que por sua vez estão sub-divididas em tribos e, em seguida, em géneros, e finalmente em espécies.

Portanto os botânicos não ficaram surpreendidos ao descobrir uma nova espécie em Madagáscar em 2007, a T. spectabilis. Noventa por cento das 10000 espécies de plantas de Madagáscar não foram encontradas em mais nenhuma parte na terra. E, das mais de 170 espécies de palmeira de Madagáscar, apenas seis foram encontradas noutro lugar.

É a aparência da palmeira e o seu comportamento que surpreende os botânicos.

A palmeira de Madagáscar parece-se exactamente com as palmeiras Corypha, e ainda…

A T. spectabilis parece-se com uma palmeira do Sri Lanka pertencente ao género Corypha da tribo Corypheae.

"Eu quase não podia acreditar nos meus olhos quando vi as imagens publicadas na web. A palmeira parecia-se superficialmente com a palmeira Talipot do Sri Lanka, mas tal nunca tinha sido registado em Madagáscar", diz John Dransfield, co-autor do Palmeiras de Madagáscar.

Mas, apesar das suas semelhanças, os resultados de laboratório mostram que a T. spectabilis não faz parte da tribo Corypheae.

Depois de analisarem as amostras da palmeira de Madagáscar, os investigadores do Laboratório Royal Botanic Gardens' Jordell em Kew, no Reino Unido, criaram um novo género, o Tahina, dentro da tribo Chuniophoeniceae. A T. spectabilis é a única espécie dentro do novo género Tahina. Nenhum outro membro da tribo Chuniophoeniceae foi alguma vez encontrado em Madagáscar.

Gêneros Chuniophoeniceae anteriormente conhecidos são: o Nannorrhops, encontrado na Arábia, no Irão, no Afeganistão e no Paquistão; Kerriodoxa encontrado no sul da Tailândia; Chuniophoenix no Vietname, China Meridional e Hainan.

Como é que uma árvore com parentes na Ásia foi parar numa ilha da costa da África?

A árvore floresce espectacularmente, mas apenas uma vez, e depois morre

À semelhança do Talipot Palm (C. umbraculifera), a T. spectabilis, cresce até alturas gigantescas e cria pirâmide de ramos de flores - conhecida como inflorescência - na maturidade.

> Esta gigantesca inflorescência contém centenas de minúsculas flores, que são fertilizadas por pássaros e insectos, e em seguida, gera frutos ao amadurecer.

Mas esta tão espectacular florescência utiliza todos os recursos da palmeira (todas as reservas de nutrientes). Portanto as palmeiras T. spectabilis e C. umbraculifera (Talipot) florescem apenas uma vez. Á medida que os seus frutos amadurecem, elas morrem.

A palmeira levanta mais questões para os botânicos

Enquanto os cientistas se debruçam sobre o enigma de como um membro da tribo Chuniophoeniceae foi parar a Madagáscar, eles também se perguntam porque é que uma espécie de palmeira gigantesca, com floração e frutificação tão espectacular passou tanto tempo sem ser detectada?

A reduzida dimensão da população de T. spectabilis (menos de 100 vivem na ilha de Madagascar) pode ser uma explicação.

Dransfield tem uma outra teoria. Ele pensa que a T. spectabilis pode não ter sido detectada pelos pesquisadores porque ela vive mais tempo do que outras palmeiras auto-destrutivas, como a C. umbraculifera, que amadurece entre os 30 e 80 anos.

Dransfield pensa que a T. spectabilis pode demorar 100 anos ou mais para amadurecer. Nesse caso, ninguém a deve ter visto na sua fase espectacular de floração. Se é assim os botânicos podem precisar de décadas para realmente compreender este novo género e seu lugar na Árvore da Vida.

Esse entendimento pode desafiar as actuais teorias sobre especiação de plantas e sobre a complexidade da vida na terra.

Links
Madagascar Palm Discovery
BBC News


(por Jane Harris Zsovan)

Link em português:
Ciência Hoje - O desabrochar para a morte: Palmeira surpreendente descoberta em Madagascar morre logo após florescer e dar frutos



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução