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sábado, 4 de abril de 2009

A Teoria da Evolução era um facto

Neste episódio do ID The Future um químico explica como ele já foi um Darwinista e como se tornou um céptico de Darwin

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Casey Luskin: Eu estou com Charles Garner, professor de química e de bioquímica na Universidade de Baylor, e estamos aqui em Austin Texas para falar hoje de uma entrevista de rádio recente, que o Dr. Gardner teve com o Dr. David Hillis, professor de biologia na Universidade do Texas, Austin. Tanto o Dr. Garner como o Dr. Hillis testemunharam como especialistas no Encontro de Janeiro do Concelho Estadual de Educação do Texas, sobre os parâmetros de ciência do Texas, e de como deviam tratar a evolução. E hoje Dr. Garner, você esteve numa entrevista de rádio da BBC, de alcance mundial, aonde debateu com o Dr. Hillis, e eu pedia-lhe que nos falasse um pouco do que se passou nessa entrevista.

Charles GarnerCharles Garner: Bem a BBC deu uns 3 ou 4 minutos de tempo de antena, foi tipo um debate, queriam saber quais eram as falhas na evolução, e o Dr. Hillis não respondeu a nada.
Eu levantei duas questões. Uma a de que o mecanismo da selecção natural deveria explicar as variações nos seres vivos, e eu defendi basicamente que essa era uma boa ideia, mas que há muito pouca evidência para a suportar. E o Dr. Hillis respondeu com o facto das bactérias poderem ser vistas a evoluir. E eu respondi dizendo que as mudanças nas culturas de bactérias são mínimas. Pode-se conseguir a mudança de um aminoácido. Uma mudança benéfica requer mais do que isso. Parece que não podemos ter mais do que uma de cada vez. Tem havido muita investigação sobre isto que tem mostrado cada vez mais os problemas com as mutações, pelo menos no que diz respeito às culturas de bactérias. Então a evidência de que pequenas mudanças podem alguma vez levar a grandes mudanças penso que é um questão de fé.

Casey Luskin: O Dr. Hillis tem sido um oponente da linguagem de "pontos fortes e pontos fracos da evolução" e você é um grande oponente à evolução neo-darwinista. Portanto isto leva-nos de volta ao que está na base deste debate, Dr. Garner. Você esteve aqui em Janeiro, e ouvimos dizer que a evolução está tão bem estabelecida que nem se devia dar aos estudantes a oportunidade de falar sobre as pontos fracos ou criticas à evolução, nas escolas públicas. Você ouve muito este tipo de reivindicações? O que ouve do outro lado, em termos de como o darwinismo devia ser tratado, e de quão bem documentado está?

Charles Garner: O que normalmente é dito é que a evolução é um facto, e tratam-na como uma teoria monolítica, que não tem partes, de tal forma que se alguma parte está estabelecida então está tudo estabelecido. E claro que nós sabemos que a microevolução é algo que está estabelecido, pois os organismos podem sofrer pequenas variações, as bactérias podem tornar-se resistentes a antibióticos, os pássaros podem sofrer variações no tamanho dos seus bicos, algumas ciosas desse tipo. Mas, o que estamos a falar agora, e o que estava em causa no programa da BBC, era como se vai de um tipo de criatura para outro tipo de criatura, e esse é o tipo de coisa que não está provado que a microevolução consiga produzir. Pensa-se que pode fazer isso, mas se me perguntar, para mim isso é uma questão de fé. Mas um dos principais problemas em todo o debate acerca da evolução é que tudo é tomado como pertencendo a um único bloco, sabe, se uma única parte... digamos que, se a microevolução está comprovada, então isso significa que a macroevolução está comprovada, isso significa que as mutações aleatórias estão comprovadas, que a selecção natural é o mecanismo, significa que não estamos autorizados a questionar nada.

Ouvimos as pessoas dizerem que a evolução é um facto. Que a evolução acontece todos os dias. Coisas desse tipo. Bem, os aspectos controversos da evolução não são factos e não acontecem todos os dias.

Casey Luskin: Na sua opinião, no que diz respeito às mutações aleatórias e à selecção natural, você acha que este mecanismo está tão bem demonstrado como outros mecanismos que você talvez estude no seu campo de investigação de química orgânica e biótica?

Charles Garner: Obviamente que não. Como químico orgânico eu penso em termos muito moleculares, sabe, quando vejo um organismo eu na verdade penso em termos dos quimicos, talvez o DNA, as mudanças no DNA que produzem as mudanças nas proteínas, e coisas assim. Então, se você me quer convencer de alguma coisa, eu quero ver evidência molecular para isso, e de facto, apesar de as pessoas poderem documentar mutações, de poderem ver mudanças no DNA, ao ir de um organismo para o outro, de poderem realmente ver similaridades e diferenças, o que não é nada claro é que eventos aleatórios não direccionados possam alguma vez converter uma criatura noutra criatura diferente. O facto de observarmos essas diferenças não quer dizer que elas aconteçam por si próprias. Eu quero ver a evidência molecular para isso em particular.

Casey Luskin: Então Dr. Garner, você obviamente é um céptico do Darwinismo em certo sentido. Você sempre teve este ponto de vista? Ou foi um ponto de vista que você adquiriu mais tarde na sua carreira? Quando é que você chegou ao seu posicionamento de céptico do Neo-darwinismo? E qual foi a evidência que realmente o conduziu a essa posição?

Charles Garner: Bem, na verdade Casey, eu cresci ateu, a minha família não era nada religiosa, e não havia nenhuma razão para eu ser religioso, e eu, sabe, eu abracei o ateísmo, incluindo a evolução, e que não havia razão para duvidar dela. Porquê? Porque era uma teoria conveniente, sabe, não tinha certas implicações religiosas com as quais eu não estaria à vontade. Lembro-me que quando era um rapaz eu encomendei o livro de Carl Sagan, "Vida Inteligente no Universo", eu li-o , e pensei que era bastante plausível que houvesse vida e de como poderíamos contactá-la, sabe, essa era a minha visão do mundo, ao longo de anos e anos. Depois, no 12ºano, tornei-me cristão, e comecei-me a aperceber que havia mais neste mundo do que aquilo que eu pensava. E desde então tornei-me céptico em relação a alegações, especialmente em relação a alegações históricas que parece que não têm muita evidência a sustentá-las. E à medida que passei pela universidade, estudei química, e eu perguntava-me sempre a mim próprio "qual é a evidência para esta teoria"? Bem, algumas coisas da história pareciam-me ter boas evidências, sabe, na universidade, eu tirei um curso de "placas tectónicas", e eu achei a evidência para as placas tectónicas bastante convincentes, sabe, as diferentes cadeias montanhosas, e isto e aquilo. Portanto não é que eu duvidasse de tudo, especialmente no que tinha a ver com a idade da terra. Sabe parte disso, especialmente as partes que eu procurei as evidências, não encontrei razões para duvidar. Mas quando se fazem grandes alegações. Carl Sagan disse "alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias". Penso que ele estava a pensar noutra coisa quando ele disse isto. Mas eu aplicaria a frase dele à evolução. Se me vierem dizer que a complexidade da vida apenas acontece baseado em acidentes químicos, físicos e cósmicos, se me disserem que uma forma de vida se pode tornar noutra diferente, eu quero ver a evidência molecular para isso, de que isso pode acontecer num processo não guiado.

Casey Luskin: Bem, eu próprio como fã das placas tectónicas, posso apreciar o que que está a dizer. Talvez eu lhe possa colocar uma última questão Dr. Garner. Você como Professor doutorado, de ensino e investigação, que conselho daria aos estudantes universitários e de pós-graduação, que são cépticos em relação à evolução, ou que são a favor do design inteligente, e tentar perceber como é que eles se devem posicionar ao longo do seu percurso em busca dos seus diplomas. Quando eles têm estes pontos de vista, se é um fenómeno real, eles devem ser cuidadosos? Eles devem estar preocupados pelo que pode acontecer nas suas carreiras, e se assim for o que devem eles fazer?

Charles Garner: Absolutamente, têm que ser cuidadosos. O filme "Expelled" foi bastante esclarecedor e representativo da realidade. E de facto há muitos, muitos exemplos a níveis mais baixos, para além do filme "Expelled". Eu diria a um estudante que atravessa a universidade, à maior parte, especialmente a quem quer ter uma carreira académica: "Mantenham a cabeça para baixo". Por outras palavras sempre pensem na evidência, nos dados, mas têm que manter as vossas opiniões para vós próprios, para além de algumas perguntas muito cuidadosas aqui e ali. No testemunho do Concelho de Educação ontem havia pelo menos uma pessoa a falar sobre o seu diploma, uma pessoa no laboratório foi impedido de obter o seu diploma devido às suas dúvidas em relação à evolução. E tenho visto coisas, tenho visto repostas muito como essa. Sim, mantenham um "low-profile" até que sejam "efectivos". Se eu tivesse testemunhado no Concelho de Educação sem ser "efectivo" provavelmente eu estaria metido em sarilhos, mesmo na minha universidade.



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução