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Tradução:
Caroline Crocker é uma bióloga com doutorado em imunofarmacologia.
Em 2002 ela deixou uma carreira de sucesso como investigadora para tentar o ensino.
Drª Crocker: Eu comecei por trabalhar como membro da faculdade e adorei. Pensei "eu nasci para fazer isto".
Em 2003 Crocker foi contratada pela universidade de George Mason como professora a tempo inteiro para ensinar Biologia Celular.
Drª Crocker: A descrição da unidade curricular no catálogo é "A estrutura, função e evolução das células".
Ao ensinar a unidade curricular Crocker fez uma decisão critica que iria alterar dramaticamente o seu futuro.
Drª Crocker: Eu decidi não dar aos estudantes apenas a história padrão que é a que eles tinham ouvido desde que eram muito pequenos, mas eu dei uma aula com as evidências a favor e contra a evolução. Apenas as evidências cientificas. Eu fui tão cuidadosa quando escrevi aquela aula, em não ser parcial de alguma forma. Eu fui muito cuidadosa de me assegurar de que eu iria falar ponto por ponto sobre as evidências que o livro colocava a favor da evolução, e ponto por ponto sobre as experiências, e dizer "há problemas aqui"...
E no fim da aula eu disse, isto são evidências para uma nova teoria que alguns cientistas estão a considerar, e que se chama Design Inteligente.
A teoria do Design Inteligente diz que o universo, a começar pelo DNA dentro de qualquer célula viva, é demasiado complexo para ser explicado por forças aleatórias e cegas. Em vez disso aponta para o trabalho de um Design Inteligente.
Drª Crocker: Penso que foi no último slide quando deixei os alunos com a questão: "Evolução, Design Inteligente ou Criação? Pensem nisto!"
E no fim da aula os alunos disseram-me que não sabiam em que é que eu acreditava. E perguntaram-me "O que é que a professora acredita?". E eu disse "bem isso é assunto para falar fora da aula".
Apesar das suas precauções Crocker depressa se viu no gabinete do seu supervisor.
Drª Crocker: O meu supervisor chamou-me ao seu gabinete e disse-me que eu tinha sido acusada de ensinar o criacionismo, e por causa disso ele ia ter que me disciplinar, e a forma como me ia disciplinar era não me permitindo dar aulas no curso.
Num artigo do Washington Post a universidade nega que Crocker tenha sido despedida por ensinar aos seus alunos os problemas com a evolução, mas Crocker diz que isso é completamente falso.
Drª Crocker: Muitos membros da faculdade e funcionários do departamento disseram-me de uma forma clara que... Será que eles podiam ter ficado assim tão furiosos só porque questionei a evolução, e eles disseram-me que sim, "isso foi a única coisa que fizeste de errado".
Quando os alunos souberam que Crocker tinha sido despedida como professora eles ficaram chocados e expressaram o seu desagrado: "ela era uma professora tão talentosa e a sua investigação era impressionante".
Muitos escreveram cartas em defesa da professora.
[...]
A Drª Crocker está mais uma vez a trabalhar como cientista investigadora, mas o caso da liberdade académica para aqueles que questionam a evolução está longe de estar resolvido.
Há uma falta de humildade dentro da comunidade cientifica, da parte de certos cientistas que realmente não querem, não gostam da ideia de que pode haver uma inteligência superior à inteligência da humanidade. E eles têm uma resposta emocional perante essa possibilidade, e penso que o facto de não gostarem influência o juízo deles.
Drª Crocker: Há muitos, muitos professores que perderam os seus empregos. Muitos estudantes que não foram entrevistados porque tinham más recomendações, e a razão que está na base desta discriminação é a sua visão sobre a evolução.
Caroline Crocker escreveu um livro sobre a liberdade académica e sobre a experiência que viveu.
O livro é "Free to Think: Why Scientific Integrity Matters".
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