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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Director da Smithsonian x Explosão Cambriana

Charles WalcottBurgess Shale

Decisões críticas na ciência: Director da Smithsonian x Explosão Cambriana

O que devem fazer os cientistas quando se deparam com evidências da história da vida que não se enquadram com as suas expectativas?

O físico Gerald Schroeder relata um notável exemplo de um cientista que enfrentou precisamente este problema: Charles Doolittle Walcott, director do famoso centro de ciência, a Smithsonian Institution, em Washington.

Ele tropeçou nos fósseis da explosão cambriana em Burgess Shale, British Columbia, no Canadá.

Tal como Schroeder relata, o paleontólogo Walcott estava a combinar para as férias de verão uma viagem de campo às montanhas do leste da British Columbia, em 1909, a uma zona que liga o Mount Wapta ao Mount Field, com 1524 metros de altitude.

Walcott notou algo incomum, e parou para investigar. Aquilo não era habitual. Era um fóssil de um crustáceo, que tinha mais de 500 milhões de anos.

Ele não teve problemas para descobrir como o fóssil foi ali parar. Em tempos a área fez parte de uma plataforma oceânica num clima quente.

O problema dele foi aceitar que este fóssil estaria ali: Como diz Schroeder,
Há cerca 550 milhões de anos atrás, no início do Cambriano, as únicas formas de vida na Terra eram as formas de vida mais simples, bactérias unicelulares, algas, protozoários, e alguma vida em forma de panqueca de definição incerta conhecida como fósseis do Ediacarano. Não havia maneira de a evolução poder ter avançado com a vida desde os protozoários unicelulares até à complexidade deste crustáceo nos vinte e tal milhões de anos do Cambriano. Simplesmente, não teria havido o tempo necessário para esse desenvolvimento. Na década de 1970, a teoria da evolução assumiu que eram necessários mais de 100 milhões de anos para que os planos corporais básicos da vida avançada evoluíssem a partir da simplicidade da vida pré-cambriana. (P. 36)

Talvez este achado fosse um golpe de sorte? Não, não era um golpe de sorte. Walcott encontrou mais e mais fósseis. Ele enviou mais de sessenta mil para a Smithsonian. Ele tinha encontrado o equivalente à Arca de Noé. Encontrou todos os filos animais, ou - tal como diz Schroeder - todas as "anatomias básicas" de todas as formas de vida animal de hoje.

Altura para celebrar? Não, porque havia um problema. O problema era que o achado obviamente não apoiava a teoria da evolução de Darwin:
"Olhos e guelras, membros articulados e intestinos, esponjas e vermes e insectos e peixes, todos tinham aparecido simultaneamente. Não tinha havido uma evolução progressiva dos filos mais simples, como as esponjas, para os filos mais complexo dos vermes e, em seguida, para outras formas de vida como os insectos. De acordo com esses fósseis, ao nível da vida animal mais fundamental, do filo ou do plano corporal básico, o dogma da evolução darwinista clássico, de que o simples tinha evoluído para o mais complexo, de que os invertebrados tinham evoluído para os vertebrados ao longo de mais de cem a duzentos milhões de anos era fantasia, não uma realidade. (Páginas 36-37) "

Portanto, a teoria vigente era provavelmente falsa. Walcott, recordem-se, era o director da Smithsonian Institution. E ele descobriu algo muito inconveniente para a Instituição. Então, o que foi que ele fez?

Pois bem, ele mencionou os seu achados espectaculares no Smithsonian Miscellaneous Collections, uma publicação lida por poucas pessoas. E, em seguida, ele pô-los em gavetas e deixou-os lá ficar. Eles não receberam a atenção que mereciam durante oitenta anos.

Muitas pessoas têm tentado compreender e explicar porquê Walcott ignorou o significado dos seus fósseis Cambrianos, mas a razão mais provável é que os fósseis não eram o que ele estava à espera de ver. Ele ignorou-os, a fim de preservar um sistema de crenças.

Hoje, os cientistas chamam a este problema, o efeito meter na gaveta. Os cientistas podem deixar na gaveta descobertas que não suportam teorias actuais ou que não suportam as suas próprias teorias.

Ainda hoje, muita investigação sobre a explosão cambriana é dedicada a mostrar que ela na verdade nunca aconteceu - porque ela não apoia a ideia de que a seleção natural agindo sobre mutações aleatórias da teoria de Darwin são a causa dos principais desenvolvimentos das formas das vida.

Os desenvolvimentos importantes na ciência geralmente acontecem quando as pessoas estão dispostas a olhar para além das teorias actuais.

Para mais, ver pp. 34-39 em The Science of God by Gerald L. Schroeder (New York: Free Press, 1997).


Para ver outro exemplo de uma súbita explosão de formas de vida ver A explosão de Avalon - os primórdios da vida revelam mais um enigma.

(por O'Leary)



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução