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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Grande revolução na Teoria da Evolução está a caminho

woodstock evolução evolutionEm sua "infame" redacção, "Porque os Suínos não têm asas", o filósofo Jerry Fodor, que em breve será autor de um livro sobre o assunto com Massimo Piatelli-Palmarini, escreve:

Na verdade, um apreciável número de biólogos perfeitamente sensatos está a começar a pensar que a teoria da selecção natural já não pode ser tomada como garantida. Isto é, até agora, a maior parte são palhas ao vento, mas não está fora de questão que uma revolução científica - não menos de que uma importante revisão da teoria evolutiva - esteja para breve. Ao contrário da história de as nossas mentes serem adaptações anacrónicas, esta nova viragem não parece ter sido amplamente notada fora dos círculos profissionais. O resultado irónico é que numa altura em que a teoria da selecção natural se tornou um artigo de cultura pop, ela se depara com o que pode ser o desafio mais sério que já teve até agora. Os Darwinistas são conhecidos por dizerem que o adaptacionismo é a melhor ideia que alguém alguma vez teve. Seria uma boa piada, se a melhor ideia que alguém já teve, se revelasse afinal não ser verdadeira. Uma boa parte da história da ciência consiste no mundo a jogar esse tipo de piada sobre as nossas teorias mais acarinhadas.


Gostemos ou não, a teoria da evolução de Darwin encontra-se debaixo de fogo entre biólogos. Uma das questões é Darwin ter usado exemplos de experiências de reprodução dirigidas por humanos (em que o design inteligente é a chave) para explicar como funciona a selecção natural. Mas a grande questão em torno da selecção natural é que não era suposto o design inteligente estar envolvido:

A actual preocupação é que explicar a selecção natural recorrendo à reprodução selectiva é seriamente enganador, e que isso enganou profundamente Darwin. Porque os criadores têm mentes, existem determinadas características que eles procuram, se você quiser saber quais são, basta perguntar-lhes. A selecção natural, pelo contrário, é cega; age sem um plano prévio. Isso pôe em causa a analogia entre a selecção natural e reprodução dirigida por criadores humanos, talvez até ao ponto de ruptura. Qual é, então, a interpretação intencional quando se fala da selecção natural?


Naturalmente, alguns teóricos como Richard Dawkins argumentaram que "genes egoístas" podem fazer o trabalho aparente de um designer inteligente porque eles procuram-se reproduzir a si próprios. Outros darwinistas como Daniel Dennett acredita que a mente é uma ilusão. E, se você colocar as duas ideias juntas, você fica com um cenário que funcionaria muito bem se esse cenário fizesse algum sentido. De qualquer forma, Fodor recusa-se a dar aos genes o crédito de um nível de sentido de objectivos que é negada à natureza como um todo.

Fodor é mais ou menos um ateu que pretende tirar a imagem de Deus da fotografia. Mas ele não pretende imiscuir-se nessa magia darwinista através da qual uma força conservadora como a selecção natural é de alguma forma incumbida de produzir todo o tipo de maravilhas, como porcos alados.

Falando de maravilhas, pergunto-me se a conferência a realizar em Julho, no Instituto Konrad Lorenz, em Altenberg - ainda que se espera seja mais uma "Woodstock da Evolução" - irá ser algo mais do que um círculo de fúria de estrelas unidas por um ódio ao DI. Neste caso, se ele está verdadeiramente contrito pelos seus suínos eternamente-sem asas, Fodor não vai afinal precisar do Programa de Protecção de Testemunhas.

Por outro lado, Suzan Mazur pode muito bem estar certa em declarar que,

O MIT irá publicar os resultados em 2009 - o 150º aniversário da publicação da Origem das Espécies de Darwin. E, apesar de os organizadores estarem a desvalorizar o encontro de Altenberg como uma discussão sobre se deveria haver ou não uma nova teoria, isso já parece um acordo estabelecido. Algum tipo de desvio da visão da evolução centrada na genética de populações está a caminho.


Mas ela certamente me surpreende quando diz,

Não é a Yasgur's Farm, mas o que acontece no Instituto Konrad Lorenz, em Altenberg, na Áustria, no próximo mês de Julho, promete mudar muito mais o mundo do que o Woodstock. O que representa é uma reunião de 16 biólogos e filósofos da estatura de rock star - vamos chamar-lhes "os 16 de Altenberg" - que reconhecem que a teoria da evolução, que a maioria dos biólogos aceitam, e que é ensinada nas salas de aula de hoje, é inadequada para explicar a nossa existência.

Mudar o mundo? Vejam só... quase todos na América do Norte, excepto os 16 grandes, já sentiram que a teoria deles era inadequada. Sondagens após sondagens revelaram isso, durante anos. A diferença entre o típico rock star e esses rapazes é que o rock star vai à frente da curva, e não luta para recuperar o atraso. Para pessoas que têm estado tão erradas durante tanto tempo, estas pessoas poderiam perder um pouco de auto-importância e não piorarem ainda mais as coisas para eles próprios.

Nota: Eu não posso deixar de desejar que filósofo agnóstico australiano David Stove, autor de "Os Contos de Fada Darwinistas", estivesse vivo para ver isso.

(por O'Leary)


Ver também o post "Jerry Fodor: A Ruína da Selecção Natural"



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução