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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ciência e Ética

Wernher von BraunNum post anterior, citei o jornalista de ciência britânico Geoffrey Lean que alertava contra a "idolatria da ciência institucionalizada". Um tema de estudo instrutivo seria o dotado Werner von Braun, que trabalhou para a Alemanha Nazi e mais tarde para os Estados Unidos.

Von Braun, nas palavras de Mark Walker ( "Um Fausto do século XX", uma revisão da recente biografia de von Braun por Neufeld),

Wernher von Braun é uma figura emblemática do século 20, alguém que construiu mísseis mortais para Adolf Hitler e os foguetes Saturn V, que levaram os americanos à Lua. A biografia de von Braun, por Michael J. Neufeld, há muito aguardada: Sonhador do Espaço, Engenheiro de Guerra, leva a um percurso entre os extremos de demonização e da hagiografia. "Von Braun tem sido muitas vezes descrito como um santo ou como um demónio, como um herói do vôo espacial ou como um criminoso de guerra Nazi", observa Neufeld. "É confortante classificá-lo branco ou preto", ele passa a explicar, "porque assim não temos que lidar com a sua ambiguidade e complexidade, ou com a ambiguidade e a complexidade das opções morais e politicas oferecidas aos cientistas e engenheiros na era moderna". O relato exaustivo, matizado, e perspicaz de Neufeld faz justiça ao desafio deste tema.

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No entanto, von Braun foi um dos mais importantes homens do seu tempo. Neufeld caracteriza-o como um "Fausto do século XX", alguém que sucumbiu à "tentação de trabalhar com um regime perverso, em troca dos recursos para realizar a investigação que tanto desejava". Este livro, uma verdadeira obra-prima de historiador, passará a ser a biografia definitiva.


O Fausto poderá encontrar actualmente o campo um pouco lotado. Ainda me lembro o nosso geneticista canadense que se tornou activista do ambiente, David Suzuki, assinalando na década de 1970 que a indústria da defesa (isto é, a guerra) foi o grande empregador de cientistas. Espero que tenha mudado, mas isso deve ter deixado algumas marcas numa geração.

(por O'Leary)



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução