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domingo, 18 de maio de 2008

Todas as criaturas são variações do mesmo tema

Aqui fica um pequeno vídeo que apesar de ser evolucionista é muito interessante pelo diferente caminho a que leva no que diz respeito à forma como é vista a evolução:



Sean Carroll: Então o que é que já aprendemos ao olhar para 600 milhões de anos de história animal? A evolução fazendo ajustes aos mamíferos para fazer as baleias, da mesma forma modificando os peixes para fazer aparecer os tetrapodes, modificando os animais para fazer surgir todos os diferentes planos corporais que vemos. Todas essas criaturas são diferentes variações da mesma coisa recriadas vezes sem conta. A pergunta era em que é que a evolução estava a introduzir ajustes e modificações? Uma das descobertas mais notáveis dos últimos 20 anos é que a evolução não está modificando corpos. Está modificando a receita, modificando a maquinaria que constrói os corpos. E qual é a receita? Que maquinaria é essa? São os genes.

Narrador: Há muito tempo que os cientistas defendem que os embriões escondem pistas sobre a forma como os animais evoluíram. Todos os embriões começam como grupos de células praticamente idênticas, mas rapidamente o embrião se divide em segmentos especializados, que se desenvolvem para a forma final do animal. O que controla esse processo? Como as embriões sabem qual a forma a tomar? Um investigador, o Dr. Ed Lewis, de Caltek, estudou estas questões durante 30 anos, reproduzindo milhares de moscas. O trabalho de Lewis levou-o a uma ideia controversa. Ele propôs que um mecanismo surpreendentemente simples moldava os embriões. Ele escreveu que cada segmento da mosca estava sendo levado a crescer através de um único gene. Um pequeno conjunto de genes, uma espécie de caixa de ferramentas genética, parecia estar a produzir todo o corpo.

Em 1994, Walter Gehring, da Universidade de Basel, isolou o gene que desencadeia o crescimento dos olhos da mosca da fruta. o gene foi chamado de "eyeless" porque as moscas sem ele não desenvolviam olhos. Gehring soube de um gene em ratos que trabalhava da mesma forma. Ele perguntou-se se os dois genes seriam afinal o mesmo gene?

Walter Gehring: E testámos esta questão pegando no gene do rato e colocando-o em moscas da fruta, para ver se as moscas conseguíam compreender a mensagem do rato.

Narrador: Gehring substitui um gene da mosca para os olhos, com o gene do rato.

Walter Gehring: E, para surpresa de todos, os genes do rato funcionam perfeitamente bem e podem induzir um olho composto na mosca da fruta.

Narrador: A mosca-da-fruta desenvolveu olhos de mosca-da-fruta normais usando o gene de um rato. Não só as duas criaturas utilizam o mesmo mecanismo, elas usam o mesmo gene.

Sean Carroll: Então o que isto significa é que de certa forma a evolução é um processo mais simples do que se pensava anteriormente. Quando você pensa sobre a diversidade de formas que existem, primeiro acreditámos que tal implicaria toda a espécie de novas criações, a começar do zero, vezes sem conta. Agora percebemos que não, essa evolução trabalha com pacotes de informação e utiliza-os em novas e diferentes formas, e em novas e diferentes combinações, sem necessariamente ter de inventar qualquer coisa radicalmente nova, mas apenas novas combinações.

Narrador: De repente as formas comuns entre os animais foi percebida. Os animais parecem-se uns com os outros, porque eles usam o mesmo conjunto de genes para construir os seus próprios corpos. Um conjunto de genes herdados de um ancestral comum que viveu há muito tempo.

Sean Carroll: E só há uma conclusão inevitável a tirar, que é a de que todos estes ramos têm estes genes, que você tem que ir à base deles, que é o último ancestral comum de todos os animais, e você deduz que ele deve ter tido esses genes, de modo que a radiação de todos os animais, a fonte de toda a diversidade animal foi alimentada fundamentalmente pelo mesmo conjunto de genes.


Pois é, aqui temos uma mudança radical na maneira de ver a evolução. Diga-se que a forma anterior de ver a evolução era muito mais amigável para a não-teleologia e falhou em preparar os cientistas para esta compreensão mais rigorosa da evolução, compreensão esta que é agora muito mais amigável à teleologia. (por Mike Gene)



Ver também os posts:

Genes Humanos nos Ouriços do Mar ?

Como é que as anémonas têm genes humanos?




o mesmo texto em inglês:

So what have we learned by looking at 600 million years of animal history? Evolution's tinkering with mammals to make whales, in the same way is tinkering with fishiness to make tetrapods, and tinkering with animalness to make all the different body plans that we see. All these different creatures are variations of the same thing restated over and over again. The question was what was evolution tinkering with? One of the remarkable discoveries of the last 20 years is that evolution is not tinkering with the bodies. Is tinkering with the recipe, the machinery that builds bodies. What is that recipe? What is that machinery? It's the genes.

Scientists have long suspected that embryos held clues to how animals evolved. All embryos start out as clusters of nearly identical cells, but soon an embryo partition itself into specialized segments, which develops into the final form of the animal. What control this process? How do the embryos know what shape to take? One researcher, Dr. Ed Lewis of Caltek, study these questions for 30 years, across breeding thousands of flies. Lewis' work led him to a controversial idea. He proposed that a surprisingly simple mechanism was shaping embryos. He wrote that each segment of the fly was being directed to grow by a single gene. A small set of genes, a kind of genetic toolkit, appeared to be laying out the entire body.

1994, Walter Gehring, of the University of Basel, isolated the gene that triggered the growth of eyes on fruit flies. the gene was called "eyeless" because flies without it developed with no eyes. Gehring knew of a gene in mice that worked in the same way. He wondered were the two genes the same?

And this question we tested by taking the mouse gene and putting it into fruit flies, to see if the flies can understand the message of the mouse.

Gehring replaced a fly's gene for eyes with the mouse gene.

And to everybody's surprise the mouse gene works perfectly well and can induce a compound eye in the fruit fly.

The fruit fly grew normal fruit fly eyes using a gene from a mouse. Not only do the two creatures use the same mechanism, they use the same gene.

So what this means is in some ways, some sense, evolution is a simpler process than we first thought. When you think about all of the diversity of forms out there, we first believed this would involve all sorts of novel creations, starting from scratch, again and again and again. We now understand that, no, that evolution works with packets of information and uses them in a new and different ways, and new and different combinations, without necessarily having to invent anything fundamentally new, but new combinations.

Suddenly the commonality of forms among animals was understood. Animals resemble each other because they all use the same set of genes to build their bodies. A set of genes inherited from a common ancestor that lived long ago.

And there is only one inescapable conclusion you can draw from that, which is all of these branches have these genes that you have to go to he base of that, which is the last common ancestor of all animals, and you deduce it must have had these genes, so the all radiation of animals, the all spring of animal diversity have been fed by essential the same set of genes.




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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução