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sábado, 14 de junho de 2008

A Ancestralidade Comum Teísta

Árvore da vida Tree of LifeNa edição recente da Revista Salvo, Logan Gage e eu somos co-autores de um artigo intitulado "Barking up the Wrong Tree", que avalia os argumentos populares para a ancestralidade comum universal. Antes de mais nada, convém referir que nem Logan Gage, nem eu, pensamos que a ancestralidade comum universal seja necessariamente incompatível com o teísmo. Num golpe de lógica medíocre, porém, parece que isso é suficiente para alguns teístas pensarem que devem portanto aceitar a ancestralidade comum. Logan Gage e eu salientamos que "quando se discute fé e ciência, é vital fazer as perguntas certas. Questões que começam com a expressão 'Poderia Deus ter...?' têm tendência a ser muito pouco reveladoras. Há uma questão muito mais reveladora que é 'O que dizem as evidências?'" Assim, a "pergunta certa" não é saber se Deus poderia ter usado a ancestralidade comum na história de vida (como é óbvio Ele poderia ter usado, por isso O chamamos Deus!). A "pergunta certa" é: O que é que as evidências científicas dizem sobre a ancestralidade comum universal? Aí concluímos que os dados científicos estão a desafiar cada vez mais a ancestralidade comum universal em várias frentes que vão da paleontologia à biologia molecular.

Veja abaixo o artigo completo:

Após ter tomado conhecimento da saida de um trabalhador para ir para uma empresa rival, um proeminente CEO (Chief Executive Officer = Director Geral) atirou com uma cadeira ao ar. Comentando sobre o incidente, no Washington Post, o eminente primatologista Frans de Waal observou que o CEO agiu como um macaco. Mas de Waal (e também o Washington Post) não estava a brincar; ele pegou nesse incidente como mais uma prova da ancestralidade comum entre os seres humanos e os macacos.

Até mesmo alguns teístas estão agora a abraçar a ideia da ancestralidade comum - esperemos que por razões melhores. Francis Collins, no seu muito discutido The Language of God, defende a teoria, assim como o faz Stan Guthrie, que escreveu num recente artigo do Cristianismo Hoje sobre o peixe fóssil de "transição" amplamente anunciado, o Tiktaalik roseae. Guthrie, em particular, admite a possibilidade de Deus ter feito a vida através de um processo envolvendo a ancestralidade comum, observando que "aceitar a ideia de ascendência comum não significa abandonar a nossa convicção de que a ordem criada declara a glória de Deus". Um argumento válido, temos que reconhecer, mas ele não fez a pergunta certa. E, tal como o crítico de Darwin Philip Johnson lembra frequentemente aos seus leitores, ao discutir fé e ciência, é vital fazer as perguntas certas.

Questões que começam com a expressão 'Poderia Deus ter...?' têm tendência a ser muito pouco reveladoras. Há uma questão muito mais reveladora que é 'O que dizem as evidências?'". Tome-se, por exemplo, os "pés" do Tiktaalik roseae, que estão muito longe dos que se podem ver no autocolante do "peixe de Darwin" que enfeita o pára-choques do carro do seu vizinho; os cientistas apenas têm que descobrir algumas poucas evidências para sugerirem que eles não funcionavam senão como barbatanas comuns, o que torna seu estatuto transitório de alguma forma tendencioso, para não dizer fraudulento.

Os cientistas também têm recentemente trazido à luz toda uma série de evidências que realmente desafiam a ancestralidade comum. A "explosão cambriana" é tão infame no seio da comunidade científica como o é o "peixe de Darwin" entre os cristãos. Nesta antiga explosão de vida, que terá acontecido há mais de 500 milhões de anos atrás, quase todas os grandes filos vivos (ou planos corporais básicos) da vida apareceram num instante geológico sem precursores evolutivos aparentes. A explosão cambriana até incluí peixes vertebrados, que apareceram sem qualquer vestígio de um passado evolucionário. Tal como até Richard Dawkins admite, "é como se eles fossem ali plantados, sem nenhuma história evolutiva". Talvez isso explique por que razão Niles Eldredge, um proeminente paleontólogo darwiniano, reconhece que "quanto mais alto olharmos na hierarquia de Lineu, menos formas de transição parece haver."

A Árvore da Vida universal de Darwin encontra-se sob ataque não apenas pela paleontologia, mas também pelos dados genéticos. Um recente artigo da Physorg.com explica que uma "minoria de biólogos e evolucionistas puseram em causa a exactidão da hipótese da Árvore da Vida apesar de genes semelhantes existirem nos organismos em padrões que não se encaixam numa árvore universal". Tal como afirma o biólogo da National Academy of Sciences (NAS), WF Doolittle,"os cientistas evolucionários falharam em encontrar a 'verdadeira árvore', não porque os seus métodos são inadequados ou porque tenham escolhido mal os genes, mas porque a história da vida não pode ser adequadamente representada por uma árvore". Doolittle atribui esta incapacidade à troca de genes entre os microrganismos no passado do Árvore da Vida. Mas um outro membro da NAS, Carl Woese, constatou que as discrepâncias entre as árvores evolutivas propostas "podem ser vistas em toda a árvore universal,desde a sua raiz até às grandes ramificações dentro e entre os diversos táxons até à formação dos próprios agrupamentos primordiais". Mais do que um membro da NAS estão dizendo que as descobertas genéticas modernas desafiam a Árvore da Vida universal de Darwin.

E outros biólogos Darwinianos concordam com Woese. "Apesar da quantidade de dados e amplitude dos táxons analisados", escreve o biólogo Sean B. Carroll, "o relacionamento entre os filos de metazoários permanecem por resolver". Carroll, que estuda as relações animais ( "metazoários") na Universidade de Wisconsin-Madison, também explica que "a descoberta recorrente de clados(arbustos) persistentemente não resolvidos deve forçar uma reavaliação de vários pressupostos da sistemática molecular". Infelizmente, porém, um pressuposto que Carroll não reavalia é o da ancestralidade comum. Será que a incapacidade de construir árvores filogenéticas sólidas (relações evolutivas) utilizando dados genéticos indica simplesmente que a ancestralidade comum está errada?

Sem dúvida que o debate sobre a forma como a vida se diversificou irá continuar entre teístas e ateus. Ambos os grupos fariam bem em examinar cuidadosamente os dados científicos e perceber que há boas razões para questionar a ancestralidade comum universal.

(por Casey Luskin)



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução