Será que as marcas em forma de olhos nas borboletas e mariposas evoluíram para dissuadir os predadores?
Por duzentos anos, os cientistas acreditaram que as marcas em forma de olhos nas borboletas e mariposas evoluíram para se parecerem com grandes olhos, a fim de afugentar os predadores. Por exemplo, um pássaro poderia pensar que aquelas marcas brilhantes seriam os olhos de um gato escondido.
Parece lógico, mas existe um pressuposto oculto: Estamos a assumir que um pássaro predador presta atenção às mesmas características que nós prestaríamos. Mas, será que é assim?
O ecologista comportamental de Cambridge, Martin Stevens, e sua equipe, decidiram testar a hipótese que desde há muito se tem como verdadeira: Eles pregaram mariposas de papel a árvores em Cambridgeshire, com uma lagarta agarrada a cada uma, para atrair as aves.
Algumas das mariposas de papel também tinham manchas brilhantes que se pareciam com olhos, mas outras tinham marcas brilhantes em forma de barras e quadrados que não se pareciam com olhos.
Os pesquisadores argumentaram que se a hipótese há muito tida como verdadeira estivesse realmente correcta, então aves como os melros, e os pardais evitariam as mariposas cujas manchas se pareciam mais com grandes olhos.
Mas isso não foi o que aconteceu. Os pássaros apareceram para comer as "mariposas" ao mesmo ritmo, quer suas manchas se parecessem com olhos (pelo menos para o homem) quer não.
No entanto, as mariposas de papel que tinham grande quantidades de marcas foram atacados 30% menos do que as outras. As grandes marcas também eram mais eficazes do que as pequenas.
Os pesquisadores concluíram que a teoria de que as marcas de "olhos" evoluíram para se parecerem com olhos não tem qualquer suporte experimental. Em vez disso, as marcas dissuadiram as aves apenas por serem coloridas e por se evidenciarem.
O Dr. Stevens oferece uma explicação quanto ao motivo pelo qual as marcas que mais se evidenciam têm o efeito de dissuadir os predadores: Elas sugerem que o insecto pode ser venenoso. Ele disse à New Scientist, "Os predadores tendem a permanecer longe de presas extravagantes, possivelmente porque a maioria das coisas mais extravagantes na natureza são tóxicas", diz Stevens. "Achamos que este é o principal efeito das marcas das asas das borboletas."
Ele não exclui a ideia de que algumas marcas evoluiram para se parecerem com olhos. Ele dá o exemplo da lagarta hawkmoth, cujos olhos podem ser parecidos com os das serpentes.
Ver também :
Journal reference: Conspicuousness, not eye mimicry, makes ‘‘eyespots’’ effective antipredator signals (Martin Stevens, Chloe J. Hardman, and Claire L. Stubbins) Behavioral Ecology doi:10.1093/beheco/arm162
Abstract: Many animals bear colors and patterns to reduce the risk of predation from visually hunting predators, including warning colors, camouflage, and mimicry. In addition, various species possess paired circular features often called "eyespots," which may intimidate or startle predators preventing or postponing an attack. Most explanations for how eyespots work assert that they mimic the eyes of the predators own enemies. However, recent work has indicated that spots may reduce the risk of predation based purely on how conspicuous they are to a predator's visual system. Here, we use a field technique involving artificial prey marked with stimuli of various shapes, numbers, and sizes, presented to avian predators in the field, to distinguish between the eye mimicry and conspicuousness theories. In 3 experiments, we find that the features which make effective antipredator wing markings are large size and higher numbers of spots. Stimuli with circles survived no better than those marked with other conspicuous shapes such as bars, and changing the spatial construction of the spots to increase the level of eye mimicry had no effect on the protective value of the spots. These experiments support other recent work indicating that conspicuousness, and not eye mimicry, is important in promoting avoidance behavior in predators and that eyespots on real animals need not necessarily, as most accounts claim, mimic the eyes of other animals.
(por O'Leary)
Ver também o post "Selecção sexual falseada no caso das penas do pavão"
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Olhos nas asas das borboletas ?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.
Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.
Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.
Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução
1 comentário:
A verdade que está sendo descartada pela grande maioria dos "sábios e intelectuais" deste mundo é que toda a beleza da natureza, incluindo as formas atraentes das asas das borboletas, foram intencionalmente projetadas para o deleite do ser humano, a espécie dominante do planeta. Essas e outras evidências de antevidência genial são simplesmente espetaculares vislumbres do design inteligente.
Postar um comentário