Tive a oportunidade de ver um documentário da BBC muito interessante que abordava o problema da procriação consanguínea entre cães com pedigree, chamado “Pedigree dogs exposed”. Embora o documentário não fosse anti Darwinista ele traz-nos algumas observações interessantes que na realidade vão bastante contra as explicações neo-darwinistas. Acabei por encontrar vários blogs de outras pessoas que viram o mesmo documentário e que revelaram ter tido muitos dos pensamentos que eu próprio tive quando o vi. Deixo aqui uma das descrições mais completas desse documentário com referência às implicações do mesmo:
Cães de Pedigree Expostos - implicações para a evolução
Eu assisti a um interessante programa no canal televisivo BBC1 a noite passada que involuntariamente lançou luz sobre as reflexões de Darwin sobre 'variação na domesticação' e selecção natural. Se a BBC soubesse da evidência contra a evolução que o programa fornecia provavelmente não o teria difundido. Deixe-me explicar.
“Pedigree dogs exposed” (traduzido seria 'Cães com Pedigree expostos') terá perturbado os amantes de cães ao mostrar como raças populares estão a sofrer uma acumulação de doenças genéticas causadas pelo processo de selecção, um processo sobre o qual Darwin escreveu e sobre o qual baseou a sua teoria da evolução.
Beleza ou deformações no spaniel?
Os Cavalier King Charles Spaniels, que dizem serem ideais como animais de estimação para crianças, foram criados selectivamente para terem focinhos amorosos com grandes olhos húmidos. No entanto, o pequeno e engraçado focinho traz consigo uma reduzida capacidade craniana. Uma vez que o cérebro mantém o seu tamanho, ele é comprimido dentro do crânio "como um pé tamanho 44, num sapato tamanho 38", provocando uma grave doença neurológica chamada siringomielia. Os Cavalier Spaniels agora estão sofrendo de siringomielia em grande escala, uma vez que esta característica parece estar ligada a traços visíveis que os criadores seleccionam. Vimos um cão ser submetido a cirurgia do cérebro para tentar aliviar o problema, ele morreu apesar da operação. Via-se outro cão de família contorcendo-se com dores de cabeça devido a compressão intra-craniana. Uma mulher tinha visto seu amado spaniel morrer de forma horrível e estava agora lutando contra a excessiva reprodução selectiva destinada às exibições caninas. Os criadores, disseram-nos, odiavam-na por isso. E, assim, se desenrola uma história tão antiga como a do profeta Jeremias e Cassandra, algumas pessoas vão-se organizar contra você por você falar uma verdade impopular.
Normas de Criação do Kennel Club
Fotos de exemplares de cães de há 100 anos atrás foram comparados aos espécimes de hoje, mostrando como as características seleccionadas, tais como pregas de pele, pernas curtas, focinho achatado, etc, têm sido deliberadamente acentuadas. Estas características seleccionadas trouxeram consigo uma vasta gama de doenças genéticas que afectam a imunidade, a pele, o coração, os olhos, o cérebro e as articulações. O Kennel Club, que tem uma sede de 24 milhões de libras em Londres, foi considerado culpado, uma vez que prescrevia normas de criação para os cães serem exibidos em concursos e ganharem prémios para os seus donos. Cachorros que não respeitavam as normas da raça, tais como o Rhodesian Ridgebacks nascido sem uma faixa saliente no seu dorso, eram abatidos logo após nascerem. A faixa saliente no dorso é uma característica da raça (um criador disse "Se não tiver uma faixa saliente não é um Ridgeback"), mas é também um marcador de uma doença genética, a espinha bífida e uma tendência para seios dolorosos, de forma que do ponto de vista do bem-estar do animal deviam ser seleccionadas características CONTRA, e não a favor da faixa dorsal saliente. Seguir essas regras religiosamente levou a uma concentração de doenças genéticas e os cães estavam em sofrimento, e de acordo com a opinião de vários especialistas, algumas variedades estavam na eminência da extinção. Um beco sem saída genético parece limitar a vã ambição do homem de levar os cães ainda mais longe da sua forma original. Parece haver limites para a variação e um envelope rígido da espécie que não pode ser transposto, e se tal não pode ser feito por uma intensa e prolongada criação inteligente de raças por mais de 100 anos, porque é que deveríamos acreditar que tal pode acontecer pelo "acção" do acaso? Isto é absolutamente devastador para o sonho de Darwin de uma árvore da vida ligando todas as espécies.
Boxer epiléptico
Vimos uma cena perturbadora de um cão boxer em sofrimento numa prolongada crise epiléptica. A epilepsia é hoje um problema comum com esta raça que exige uma medicação de longo prazo. Os Pastores Alemães (Alsacia) também foram criados mais para concursos do que para trabalhar ou para terem saúde, e vimos um par numa exposição que claramente tinha dificuldade em caminhar - sofrem de uma doença genética, a ataxia, que afecta a sua marcha. Os Basset Hound são criados de modo a ter pernas tão curtas que mal podem caminhar, um exemplar em exibição tinha grandes pregas de pele penduradas por todo o lado que foram descritas como "ornamentos" pelo criador. É "comum agora os Basset sofrerem de artrite." Vimos um cão chamado de Mastiff Neapolitan cujas grande pregas de pele penduradas o tornavam parecido com o Jabba the Hutt, não sei qual é o tipo de pessoa que iria escolher criar um animal como esse ou que ia gostar de ser dono de um. É um estranho mundo.
O Pequinês Asfixiado
Vimos o "Melhor do Concurso" Cruft de 2003, vencedor de prémio, um Pequinês (ver imagem no inicio), que era como uma bola animada de pêlos electrificados em torno de um focinho achatado com olhar diabólico (não se conseguia ver as pernas ou o corpo) que parecia o traseiro de uma vaca com hemorróidas. Ele dificilmente poderia respirar ou andar, e por isso esteve assentado sobre um pacote de gelo no pódio pois estava ficando sobreaquecido por baixo de todos aqueles pêlos depois de ter caminhado apenas alguns metros. Foi-nos dito que tinha precisado de cirurgia antes do concurso para evitar que entrasse em asfixia devido às suas vias respiratórias deformadas. Este pequeno medonho e indecente ganhou o primeiro prémio em meio a grandes aplausos no concurso de cães mais importante do mundo, e tem (não me pergunte como) gerado numerosas ninhadas. Essas criaturas estão doentes, e eu estou preocupado também com os cães.
Transformação de crânio
Vimos uma animação em que um crânio se ia deformando para mostrar o quanto o crânio de determinada raça se tinha modificado ao longo de um século de reprodução selectiva. Foi interessante ver o focinho a encurtar-se e a achatar-se, o crânio subir, alterando o esquema do crânio, pelo menos em 30%. O grau de mudança que vimos foi comparável com mudanças que se dizem ter ocorrido ao longo de centenas de milhares de anos à medida que criaturas parecidas com macacos alegadamente se transformaram em seres humanos, mas as mudanças que observámos ocorreram ao longo de pouco mais de um século. Mas o animal ainda é um cão, e um cão da mesma raça. O que é que isso nos diz sobre a forma como os "especialistas" interpretam o significado dos fósseis de crânios?
Interpretar crânios e outros fósseis
Tal como o Dr. Vij Sodera escreveu na sua definitiva e completa refutação do Darwinismo "One Small Speck to Man- The Evolution Myth" (ver http://www.onesmallspeck.com/onesmallspeck.com3.html) os cães são um grupo de animais derivados do lobo original (ou antepassado similar), com várias variações devido à selecção de criadores de cães. Ele sugeriu que se os cães sofressem a extinção e fossem esquecidos, e alguém descobrisse um fóssil de um Pequinês e um fóssil de um Dogue Alemão, eles seriam classificados como animais completamente diferentes em diferentes salas do Museu Histórico Nacional, e provavelmente seria-nos dito que um tinha evoluído a partir do outro ou de um ancestral comum não identificado durante milhões de anos através de inúmeros "elos perdidos". E, no entanto, sabemos que o Pequinês e o Dogue Alemão são da mesma espécie, com apenas algumas gerações de intervalo. Estes factos sugerem que muito daquilo que nos é dito sobre o significado dos fósseis são puras conjecturas - seriam o homem de Piltdown e o homem de Nebraska (as falsas interpretações mais do que as fraudes reais) apenas a ponta do iceberg?
Não gosta de evidências? Negue-as!
Os criadores, donos e funcionários que nos foram apresentados negaram que houvessem quaisquer problemas reais. Evidentemente que o realizador pode ter sido influenciado por quem foi entrevistado, mas não se pode negar que a Crufts e os concursos de cães são um grande negócio com milhares de pessoas a participar activamente e muitas mais assistindo com prazer, assim isto não é algo que acontece em pequena escala algures num canto remoto. Parece que a vida destas pessoas gira em torno de seus cães e concursos, alguns deles estão evidentemente a fazer boas somas de dinheiro com a venda de cães de raça acima de £500 cada um, e eles não gostam que lhes digam que estão errados e que devem mudar os seus comportamentos. É claro que eles não vão sair à rua a dizer que não se importam com o sofrimento dos animais causado pela sua procura pela "perfeição" na criação de cães, de forma que eles ignoram e negam a evidência. Agora, aonde é que eu já me tinha deparado com isso antes?
O mecanismo universal da negação
Negação é um mecanismo de defesa universal quando somos confrontados com factos que não nos agradam. É fácil de criticar a negação nos outros, mais difícil é admitirmos fazê-lo nós próprios. Dawkins acusa pessoas como eu de negarem evidências que não nos agradam, porque temos as nossas mentes já feitas sobre o que nós gostaríamos de ser verdade, e eu acuso-o exactamente a mesma coisa. Nós não podemos estar os dois certos, mas uma vez que todos nós sofremos influências das ideias de outros, quem é que poderá julgar entre nós? A maioria? Um tribunal? Uma comissão? Um governo? Quem nomeia os juízes? Com desacordos sobre o bem-estar dos animais ou sobre as origens humanas e destinos, no final é você quem tem que examinar as evidências, ou pelo menos algumas delas, ou a interpretação que alguns fazem delas, ou as evidências que lhe permitem ver, e, em seguida, fazer as suas escolhas. Mas escolhas têm consequências, tal como este doGumentario (desculpem não pude resistir o trocadilho) demonstrou, e as pessoas continuarão a interpretar a evidência de acordo com a forma como eles acham que o mundo deve ser em vez de como ele realmente é.
Limites de variação
Não sou um amante de cães, mas tenho sentimentos pelos animais que estão sofrendo e com seus donos, especialmente as crianças. No entanto, para mim esse espectáculo foi mais esclarecedor pela sua exibição do mundo real da reprodução animal, a "variação na domesticação", como Charles Darwin intitulou um capítulo de seu livro "A Origem das Espécies", que aponta para pressupostos fatalmente errados no cerne daquele livro. Sim Charles, a reprodução selectiva pode fazer coisas muito notáveis, mas os factos sobre a reprodução de cães, que você mencionou superficialmente, mas que este programa examinou com muito mais detalhe, mostram-nos, que há limites intransponíveis para a variação dentro de uma espécie. Não demora muito a você chegar a uma parede, e a não poder ir mais longe. Isso é o que mostra a evidência, negue-a se você puder. Você cria um cão com um belo focinho, mas tem epilepsia ou grandes problemas de alergia, você cria um cão com um grande sentido de olfacto, mas tem artrite e problemas oculares.
Seleção natural - um mecanismo conservador
Tal como Darwin comentou sobre as plantas cultivadas selectivamente, poucas ou nenhumas sobreviveriam durante muito tempo no estado selvagem. Variantes que resultam de forte pressão selectiva são menos adaptadas, é como puxar tiras de borracha de uma bola de borracha - você só consegue puxar até ao ponto em que rebentam, e se você as largar elas voltam para o centro. A selecção natural CONSERVA o estado original de espécies como o lobo com adaptações e mudanças principalmente cíclicas. O homem tem criado muitas variedades a partir do lobo, mas elas se tornam menos aptas à medida que se afastam do design original. A selecção natural não tem o poder de produzir novas espécies. Nenhum desses "cães brinquedo" conseguiria sobreviver 5 gerações na selva, quando a mão do criador de cães é removida, as espécies revertem para a média. Esta é uma pedra fria de verdade observável, e é o OPOSTO daquilo que a evolução exige.
Darwin alegou que porque os criadores selectivos humanos podiam alcançar muito, a Natureza poderia fazer muito mais, mas isso é o oposto daquilo que observamos. Só os pressupostos evolucionistas nos levam a crer que a selecção ocorrendo através de eras passadas no "tempo profundo" que não podemos ver, se comporta de forma fundamentalmente diferente da selecção que podemos observar directamente. Esses cães com pedigree não se estão transformando em novas espécies, estão sofrendo as consequências da procriação consanguínea que lhes confere a sua diferença, e eles estão a ficar cada vez menos aptos a sobreviverem. A explosão de novas variedades de cão ao longo dos últimos 100 anos está agora a esbarrar contra uma parede, com uma acumulação de deficiências genéticas que já está causando vários problemas de saúde e em breve irá provavelmente levar à extinção. A solução oferecida por especialistas, como o porta-voz do RSPCA e geneticista evolutivo, Steve Jones, foi a proibição de procriação consanguínea e o tornar menos restritas as normas do Kennel Club, o que parece razoável. Um veterinário muito emocionado disse que este nível de reprodução era comparável em termos de crueldade animal a bater num cão com um pau.
PORTANTO, Charles e Richard, novamente errados. EXISTEM limites para saber até aonde as variações reais, em oposição às imaginárias, podem ir. A selecção natural faz correcções; eliminando o menos apto para IMPEDIR o tipo e de problemas abordados em detalhe neste documentário, mantendo as espécies fixas para todos os efeitos práticos.
O documentário "Pedigree dogs exposed" mostrou que a criação selectiva de cães tal como é praticada no Reino Unido (não vejo nenhuma razão para pensar que seria fundamentalmente diferente noutro local) acaba por causar a rotura do genoma bem antes de qualquer candidato a uma nova espécie ser atingido. Os factos observados não nos levam a acreditar que este processo pode ter sido responsável pela origem das espécies. Nós podemos chegar ao apuramento de algumas características, mas à medida que os criadores de cães as foram empurrando até ao limite máximo, nós vemos animais menos aptos para sobreviver, com variações, mas ainda assim pertencendo à mesma espécie. Darwin estava completamente errado na sua suposição central de que a variação poderia avançar sem limite. As evidências estão aí para aqueles que têm olhos para ver.
Espantosamente, os apaixonados por cães (serão apaixonados ?) no documentário continuaram a reproduzir a partir de animais geneticamente doentes e negando o problema. Você pode levar as pessoas às evidências, mas não pode fazê-las aceitá-las.
FONTE: Question Darwin
Alguns vídeos estão disponíveis no site da BBC:
Video Clip 1
Video Clip 2
Video Clip 3
Veja também um post que trata igualmente da diversidade das raças de cães:
sábado, 6 de setembro de 2008
Cães de Raça Pura - ou monstros mutantes ?
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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.
Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.
Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.
Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução
1 comentário:
Tive vontade de compartilhar esse link para denunciar a estupidez que é feita para se criar raças, mas a Conclusão é tão estúpida, que transforma uma evidência da evolução natural, numa evidência (falaciosa) dessa estupidez religiosa de design inteligente.
É preciso separar a seleção natural, cujo critério de seleção é a capacidade de sobrevivência no seu meio, da seleção forçada pelo ser humano, com base num critério diferente (por exemplo, estética). Não que ainda se perca a lógica da seleção natural, esses animais vivem no meio deles (que é o meio em que são cuidados por seres humanos). Mas ao forçarmos a seleção genética, escolhendo como critério principal um bem diferente daquele que ocorre na lenta evolução natural. O cão mais bonito pode ser o que carregue mais doenças, e que o tornaria menos apto a sobreviver em quase todos os outros meios, mas forçamos justamente a sobrevivência deste.
Perceba que diferente do que ocorre no meio selvagem, o meio em que vivem animais domesticados torna possível que algumas características que o tornariam menos aptos a sobrevivência se tornam irrelevantes, pois aos cuidados do ser humano esses animais podem conviver com essas doenças por muitos anos e se reproduzirem normalmente. Nos milhões de anos de seleção natural em meio selvagem, sem dúvidas essas doenças são fatores que podem levar uma espécie a extinção.
Assim, não é a evolução natural que leva a espécies degeneradas, o ser humano que subverteu o funcionamento da seleção natural para os animais domesticados.
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