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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O falhanço evolucionista do Tiktaalik

Quando o Tiktaalik foi anunciado em 2006, os media festejaram a descoberta de um suposto fóssil de transição. A BBC News anunciou: "Fósseis de animais encontrados no Canadá Ártico proporcionam um snapshot da transformação evolutiva dos peixes em animais terrestres". Na MSNBC, o co-descobridor do Tiktaalik, Ted Daeschler, foi citado vangloriando que "se considerarmos a adaptação como um processo de recolha de ferramentas para viver num ambiente novo, a nova descoberta oferece uma imagem do kit de ferramentas, neste ponto especifico desta transição evolutiva". O artigo até posicionou o Tiktaalik como um ancestral real dos tetrápodes, afirmando:" Os cientistas apanharam um peixe fóssil no acto da adaptação para uma vida na terra, uma descoberta que lança nova luz sobre uma das maiores transformações na história dos animais". Mas esta semana o estatuto de Tiktaalik como um fóssil real de transição entre os peixes e os tetrápodes tem sido posta em causa pela descoberta de pegadas inequívocas (com dígitos) de um tetrápode que foram feitas cerca de 20 milhões de anos antes do Tiktaalik. Um artigo publicado na Nature explica o caos que essas pegadas trouxeram:

A transição peixe-tetrápodes foi assim aparentemente muito bem documentada. Havia um consenso de que a divergência entre alguns elpistostegalians (tais como o Tiktaalik ou o Panderichthys) e tetrápodes pode ter ocorrido durante o Givetian, há 391-385 milhões de anos atrás. Contemporâneas dos primeiros tetrápodes fósseis, as pegadas datam do Devoniano tardio eram evidências da sua capacidade de andar.

Agora, porém, Niedzwiedzki et al. lançam uma granada que explode com essa imagem. Eles relatam a descoberta de pegadas de tetrápodes surpreendentes com impressões de diferentes digitos em Zachemie, na Polónia, que são inequivocamente datadas do inicio do Eifeliano (há 397 milhões de anos atrás). Este local (uma antiga pedreira) rendeu uma dúzia de trilhos de pegadas feitas por vários indivíduos que vão de 0,5 a 2,5 metros de comprimento total, e numerosas pegadas isoladas encontradas em fragmentos de cascalho. Os trilhos precedem em 18 milhões de anos os restos de esqueleto tetrápode mais antigos e, o que é mais surpreendente, precedem em 10 milhões de anos os primeiros peixes elpistostegalian.

(Philippe Janvier & Gaël Clément, "Muddy tetrapod origins", Nature Vol. 463:40-41 (7 de Janeiro de 2010).)

As pegadas fósseis de tetrápodes indicam que o Tiktaalik apareceu mais de 10 milhões de anos depois de existirem os primeiros verdadeiros tetrápodes conhecidos. O Tiktaalik, naturalmente, não é um tetrápode, mas um peixe, e estas pegadas tornam muito difícil hoje afirmar que o Tiktaalik é um elo de transição entre os peixes e os tetrápodes. Ele não é um "snapshot da evolução dos peixes em animais terrestres", porque se essa transição alguma vez ocorreu, parece ter ocorrido milhões de anos antes do Tiktaalik.

A Posição do Tiktaalik no Registo Fóssil: Uma Previsão Falhada da Evolução
Alguns, como o co-descobridor do Tiktaalik, Neil Shubin, fizeram da posição do Tiktaalik no registo fóssil um argumento a favor do neo-darwinismo. Como disse Shubin no Judgment Day: Intelligent Design on Trial da PBS:
O que a evolução nos permite fazer é previsões específicas sobre o que devemos encontrar no registo fóssil. A previsão neste caso é clara. Ou seja, se vamos para as rochas da idade certa, e para as rochas do tipo certo, devemos encontrar as transições entre as duas grandes formas de vida, entre os peixes e os anfíbios. ...O que vemos quando olhamos para o registo fóssil, em rochas da idade certa, é uma criatura como o Tiktaalik.

O New York Times pressagiou o argumento de Shubin, primeiro relatando sobre o Tiktaalik que "os cientistas concluíram que o Tiktaalik era um intermediário entre os peixes Eusthenopteron e Panderichthys, que viveram há 385 milhões de anos, e os tetrápodes. Os primeiros tetrápodes conhecidos são os Acanthostega e Ichthyostega, de há cerca de 365 milhões de anos". Mas será que o neo-darwinismo previu tetrápodes verdadeiros de há 397 milhões de anos atrás? Definitivamente não: Janvier e Clément disseram melhor: estes trilhos são "anacrónicos". O paleontólogo de tetrapodes Jenny Clack disse que a descoberta dos trilhos "rebenta com a história toda da 'saída da água'". Ou como a Nature News diz, estes trilhos de tetrápodes são "mais de 18 milhões de anos anteriores à altura que se pensava que os tetrápodes tinham evoluído."

Então, onde estão os peixes que se transformaram em tetrápodes? Segundo a Nature, eles devem existir na faixa 'fantasma' - isto é, num período de tempo durante o qual os membros dos grupos deveriam estar presentes, mas para as quais não foram ainda encontrados quaisquer fósseis corporais". Os argumentos de Shubin de que estes fósseis confirmam uma "previsão específica" da evolução parece afinal estar errada. (Mas não espere uma correcção da PBS para breve.)

Lições a serem Aprendidas
Em 2007, Stan Guthrie discutiu no Christianity Today sobre se o alarde dos media em torno das formas de transição devia ser para levar a sério. Dizendo que ele sempre "se identificou secretamente com o apóstolo Tomé," Guthrie escreveu:
No ano passado, no entanto, veio a palavra do Tiktaalik roseae, que parece levar as pessoas a perder a compostura como aqueles ofensivos "peixes de Darwin" nos carros dos professores universitários presunçosos. Evolucionistas pouco sérios imediatamente saudaram o fóssil de 375 milhões de anos como um "elo perdido" entre os peixes e os animais terrestres. "É um fóssil intermediário realmente notável e surpreendente", disse o cientista Neil H. Shubin ao The New York Times. "É como uma vaca sagrada".

Então o que é que há para um 'Tomé que Duvida' fazer? Primeiro, precisamos lembrar que os cientistas já se vangloriaram com "elos perdidos" antes, para depois se embaraçarem quando mais evidências surgiram. O Discovery Institute, que apoia o Design Inteligente, notou que o entusiasmo por esta última descoberta é uma admissão pelos paleontólogos de que o registo fóssil não tem sido gentil com a teoria de Darwin.

Essas são boas palavras, mas, infelizmente, Guthrie, a seguir cita e endossa evolucionistas teístas, como Francis Collins, que basicamente rendem-se plenamente às reivindicações dos neo-darwinistas, sem dar sinais de uma vontade de duvidar. Guthrie cita Collins, dizendo: "A evidência amontoa-se todos os dias para apoiar o conceito de que nós e todos os outros organismos neste planeta descendem de um ancestral comum", e de que "a teoria da evolução já não é realmente uma teoria, no sentido de não estar testada. É uma teoria, no sentido da gravidade. É um facto". Mas, no entanto, vemos os "factos" do neo-darwinismo constantemente sendo revistos. Só no ano passado:
2010 tem apenas alguns dias e já um dos mais novos ícones do neo-darwinismo - o Tiktaalik - está sob fogo pesado. Afinal talvez quando se trata de neo-darwinismo, Collins e aqueles que o seguem fizessem melhor se insistissem em fazer a abordagem de São Tomé.

(por Casey Luskin)



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A origem da vida não é consensual. A evolução dos seres vivos não é consensual. A teoria de Lamarck, a teoria de Darwin, e outras, propuseram a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.

Mas o evolucionismo e o darwinismo não explicam de forma satisfatória a complexidade dos seres vivos. A biologia molecular e a biologia celular revelam mecanismos cuja origem os darwinistas nem se atrevem a tentar explicar.


Este blog trata da Teoria do Design Inteligente, Darwinismo e Teoria da Evolução